O Dr. Paulo Rangel
Caiu-me na sopa do almoço, saído da RTP-1, em pose de Estado, o vice-presidente do PSD com que Marcelo procurou substituir Rui Rio na liderança do partido, tendo agora de conformar-se com Montenegro enquanto não consegue transformar Moedas em salvador.
Tinham decorrido os primeiros vinte minutos televisivos, divididos entre o julgamento público das alegadas traquinices sexuais de um brilhante professor universitário e o arrastado arremesso da TAP contra o Governo.
Dizia o prócere do cavaquismo que o Governo deve urgentemente admoestar o Brasil da sua inaceitável política externa, opinião do PSD, sabendo que o Governo tem, aliás, um alinhamento com a Nato, a UE, o RU e o PSD, na guerra da Ucrânia, e ignorando que não cabe ao governo português definir a política externa do Brasil.
Gostaria de ter visto Paulo Rangel, com a cólera de hoje, a condenar a cumplicidade do seu partido na invasão do Iraque, crime em que a direita e a extrema-direita portuguesas se cumpliciaram.
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