A sondagem do Expresso, o PR e outros atores

A mais importante conclusão da sondagem é a recuperação da esquerda e a maioria que recupera, com a concomitante erosão da direita. Saber se essa maioria tem condições para formar um governo é outra coisa.

O fracasso de Marcelo no combate ao Governo é a evidência que o impede de dissolver antecipadamente a AR, ambição clara manifestada no patético discurso de posse em que não conseguiu disfarçar o incómodo da maioria absoluta nas eleições que precipitara. 

Realizada em ambiente de forte contestação social, apoiada por forças de direita que se uniram às reivindicações das diversas classes profissionais, só o efeito da boa situação económica e financeira justifica a resistência do PS. Crescimento do emprego, aumento das pensões e das prestações socias assim como medidas para atenuar os malefícios da inflação e da subida de juros estão certamente na origem dos valores da sondagem.

O PSD, a principal vítima do ativismo do PR, em vez de se distanciar do narcisista que lhe destrói as lideranças, continua a pactuar com ele, com o eleitorado a fugir-lhe para o radicalismo extremista, sem conseguir condições para ser alternativa, de líder em líder, à espera do Moedas do PR ou do regresso do único Coelho de que dispõe.

À custa da democracia, indiferente ao seu futuro, Marcelo continuará no rali dos beijos e selfies, cada vez mais irrelevante, a alimentar o ego e a ser notícia.

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