MOEDAS, Marcelo e o 25 de novembro. É preciso avisar a malta!

Marcelo, depois de falhar o lançamento de Durão Barroso para a sucessão, pode falhar a aposta de Moedas para PM, mas não desiste. Afastou Rui Rio, líder indisponível para mordomo de Belém, e apostou em Montenegro. Falhou de novo. Quis afastar o PS do Governo, em tempo útil, antes do cinquentenário do 25 de Abril, e também falhou.

Resolveu seguir o conselho do amigo Ricardo Salgado, “ativem o Moedas”, homem do Banco Goldman Sachs que Passos Coelho fez comissário europeu, e que o PSD, o ACP (Automóvel Clube de Portugal) e ele próprio, ajudaram a ganhar a Câmara de Lisboa.

Moedas graças à visita do Papa e à máquina de propaganda que, até aí, falhara, é agora o aglutinador da direita com a extrema-direita, e o eco de Belém. Esganiçou a voz para no 5 de Outubro anunciar a comemoração do 25 de novembro, mas não quer glorificar os vencedores desse dia, quer reescrever a História para os desígnios próprios e do PR, ambos silenciosos quando o PSD suprimiu os feriados das datas identitárias do 5 de Outubro e 1.º de Dezembro.

Costa Gomes, Melo Antunes, Vítor Alves, Vítor Crespo e Jaime Neves faleceram, mas o pequeno Moedas só homenagearia o último, e duvido que ele e o seu mandante Marcelo queiram homenagear Eanes, Vasco Lourenço, Pezarat Correia, Franco Charais e Sousa e Castro, militares de Abril e vencedores do 25 de novembro, querem celebrar heróis inexistentes do seu doentio imaginário.

Ignoram os militares de Abril sob o comando de Costa Gomes e do Governo Militar de Lisboa (Vasco Lourenço), o ideólogo Melo Antunes e o comando operacional de Eanes, para unirem os derrotados do 28 de setembro e 11 de março, direita e a extrema-direita, numa data menor e que não lhes pertence, para seduzirem a IL e o Chega.

No 25 de novembro, o que Moedas ignora pela idade e Marcelo por maldade, a direita mais jurássica, incluindo o MRPP, não conseguiu confiscar a Revolução.

Moedas não é um ideólogo, é o amanuense que se une aos poderosos, o homúnculo de Belém à espera no lugar certo quando os alcatruzes da nora passarem pelo PSD. 

Ignora que no 25 de novembro, um detalhe do PREC, foram derrotados os sectores mais à esquerda do MFA, é certo, mas também a extrema-direita, incluindo o aliado orgânico MRPP e todos os que queriam a ilegalização do PCP e não o conseguiram.

É preciso avisar a malta!



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