GREVES – algumas reflexões

Quando os jornais mais críticos do Governo fazem títulos com a subida real dos salários e pensões, a descida da dívida pública e a redução efetiva de impostos, tudo na mesma semana, é difícil apeá-lo.

Até o PR, exímio construtor de cenários e incontrolável comentador, se sente obrigado a fazer uma pausa nos ataques e a saudar alguns indicadores.

É nesta conjuntura que os sindicatos veem as oportunidades de onde sairão beneficiados alguns sectores e, em relação a estes, prejudicados os que têm menor poder de coação.

Tenho em relação às reivindicações, por razões pessoais, especial predisposição para me colocar ao lado das dos médicos, enfermeiros e professores, sem capacidade para avaliar se a sua satisfação cabe no OE e é compatível com a justiça relativa em relação a outros funcionários públicos.

Há uma coisa que tenho como certa, não serão os que votaram contra a criação do SNS, os bastonários ou o SIM os interessados na sua defesa.   

Não serei, pois dos que algum dia negue o direito às greves e às lutas dos trabalhadores, mas ouço as vozes dos que já põem em causa o Estado de Direito.

E, se outro motivo não houvesse, lembrar-me-ia da eficiência do medíocre governante, Passos Coelho, a virar trabalhadores das empresas privadas contra os do sector público.

De resto, as reivindicações só são escutadas enquanto a opinião pública e a publicada não se rebelarem.

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