Sigilo Bancário: PSD, o partido à tona

Paulo Rangel, líder parlamentar do PSD e cabeça de lista às eleições para o PE, acusa o PS de violar a constituição relativamente à aprovação do levantamento do sigilo bancário, considerando esta medida como “crime sem processo”, “castigo sem garantias” e “a mais grosseira violação do estado de Direito”.

Ora esses senhores do PSD, que eu me lembre, abstiveram-se na votação da proposta. Quem se abstém, não pode ter a lata de um dia depois vir alegar a eventual inconstitucionalidade ou iniquidade da proposta. Um autêntico venire contra factum proprium. Quem entende que a lei é inconstitucional ou iníqua, vota contra, não se abstém e depois procura fazer chicana política. Palpita-me que a desorientação no PSD é tanta, que nem sequer tiveram coordenação suficiente para reflecir previamente sobre o que fazer, e agora tentam emendar o seu erro.

Quanto a Paulo Rangel, é ele verdadeiramente o melhor que o PSD consegue encontrar para cabeça de lista para as europeias ou para líder parlamentar? Até Marques Mendes é mais carismático e mobilizador.

Comentários

no name disse…
não que eu queira defender o rangel ou o psd, mas ele afirma-se contra a proposta do governo da taxação a 60% ---com respectivo levantamento do sigilo bancário--- para enriquecimento injustificado, e não a proposta do bloco sobre o puro e simples levantamento do sigilo bancário (no qual se abstiveram na votação...)
e-pá! disse…
O PSD, na AR, ora vota, ora abstém-se.
Raramente vota a favor - só quando o rei faz anos!
Desta vez, era a vez de abester-se, e, depois, à toa, espernear.

E, assim, vai a política portuguesa. Quase tão negra como o fundo do cartaz de Manuela Ferreira Leite...

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