Vasco Graça Moura e o Acordo Ortográfico (1)
Não compreendo que as birras possam influenciar as regras de higiene ou a prevenção das doenças, por exemplo. Intriga-me igualmente a caturrice de Vasco Graça Moura contra o Acordo Ortográfico ele que até admira Cavaco Silva de quem é um dos últimos almocreves.
Já houve vários acordos ortográficos e não me parece que daí viesse mal à língua que nos cabe preservar sem prevaricações ortográficas ou derrapagens na sintaxe. Sem os sucessivos acordos acabaríamos por ter várias línguas e ver transformado o português num dialeto do brasileiro.
Há dificuldade a escrever de forma correta, segundo o novo Acordo Ortográfico? Leva o seu tempo. Também eu demorei a perder o hábito de escrever pèzinho e màzinha, sàbiamente.
O horror à novidade é uma característica dos portugueses. O misoneísmo de VGM é um ato de exibição. Amanhã vou editar um texto, dedicado ao presidente do CCB, com a grafia anterior ao Acordo de 1911, acordo que Fernando Pessoa também execrou enão impediu que se tornasse o que agora, substancialmente, VGM defende:
«Não tenho sentimento nenhum politico ou social. Tenho, porém, num sentido, um alto sentimento patriotico. Minha patria é a lingua portugueza. Nada me pesaria que invadissem ou tomassem Portugal, desde que não me incommodassem pessoalmente, Mas odeio, com odio verdadeiro, com o unico odio que sinto, não quem escreve mal portuguez, não quem não sabe syntaxe, não quem escreve em orthographia simplificada, mas a pagina mal escripta, como pessoa propria, a, como gente em que se bata, a orthographia sem ipsilon, como escarro directo que me enoja independentemente de quem o cuspisse». (Fernando Pessoa)
De qualquer modo não gostaria de ser obrigado a escrever assim:
Comentários
Aliás, o Brasil, que se está nas tintas para o acordo, tem dezenas de dialectos.
Pelo raciocínio avançado o português, que tecnicamente é um dialecto do castelhano, seria então uma aberração...
Obrigado pela sua discordância bem argumentada.
No entanto, pedia-lhe que recordasse como já se escreveu em português e como ora se escreve.
A oralidade é uma tendência do espanhol e do italiano, que no AO de 1911 foi seguida, em detrimento da etimologia que os franceses preservam.
Reitero os meus agradecimentos pela contribuição para a discussão em curso.
(Quantos acordos serão precisos para acompanhar a dinâmica do português-br em 300 anos? E debalde, porque a língua no Brasil tem outro tratamento e outra circunstância e portanto outra semântica)
Não são necessárias alterações forçadas, sobretudo quando os fins não são claros e o “povão” não se pronuncia…
A ortografia não se sufraga. Há palavras que me aborrecem: «Organigrama» em vez de «organograma», a forma correta, mas já está no dicionário.
Devo revoltar-me ou aceitar a evolução que consagrou a asneira?
Como dizia um piedoso engenheiro: «É a vida».
No entanto, a "cruzada" do inefável Graça Moura, é outra: protagonismo - penso eu.
Já agora, gostaria que ele fosse obrigado a "ortografar" os seus escritos (o que li dele leva-me a considerá-lo um prosador vigoroso) com a ortografia anterior a 1911...
Mas,quem sou eu para dizer o que se sufraga ou o que não se sufraga...)
(Evolução/ por alguma razão os que sabem latim e grego estão mais bem preparados para entenderem a língua e a sua história, a filosofia, etc.)
Enfim...
Vai ter à Wikipédia na página »Acordo Ortográfico».
http://pt.wikipedia.org/wiki/Reforma_Ortogr%C3%A1fica_de_1911#Principais_altera.C3.A7.C3.B5es
Tem razão.
O link remete para Fernando Pessoa e não para a página onde vem o excerto que reproduzi.
Obrigado.
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