Sobre os independentes e outros caciques_2
Fernando Nobre – O Independente padrão
Quando Fernando Nobre, médico cosmopolita, proprietário da AMI, uma multinacional familiar do ramo do altruísmo, se candidatou à presidência da República, obteve o apoio de impolutos republicanos desencantados com os partidos. Era o independente-padrão, um homem acima de qualquer suspeita, um D. Sebastião saído do vácuo, candidato ao lugar emblemático de PR.
Sobrava-lhe ambição e minguava-lhe passado político, na assepsia de um percurso que era apresentado como fazendo jus ao apelido. Velhos antifascistas ignoraram como era possível a alguém, cuja independência seria à prova de malefícios partidários, ter sido apoiante de Durão Barroso e congressista do PSD, apoiante de António Costa, do PS, e de Capucho, PSD, nas eleições autárquicas, mandatário do BE nas europeias, e alistado da Causa Monárquica. Confundiram um independente com um catavento.
Não lhe faltaram apoios declarados de gente séria à mistura com membros do Opus Dei e desempregados políticos do costume. Só lhe faltaram os votos de um eleitorado mais cauto do que os apoiantes.
Acabou como deputado (PSD), de Miguel Relvas, Marco António e Passos Coelho, com a promessa de o guindarem a presidente da Assembleia da República. Valeu a honradez de alguns deputados da direita, aflitos com a salubridade parlamentar, para que o órgão de eleição da democracia fosse poupado à presidência de um médico de passado político nebuloso a quem Passos Coelho tinha garantido o lugar. A derrota de ambos foi saudada pela AR, que acabou por eleger Assunção Esteves, uma mulher elegante, culta, jovem e com passado partidário no PSD e no Tribunal Constitucional.
Fernando Nobre, triste e humilhado, imergiu no Alcácer-Quibir das ambições frustradas e sumiu-se, qual fogo-fátuo, consumido no deserto de ideias do Independente-Padrão.
Quando Fernando Nobre, médico cosmopolita, proprietário da AMI, uma multinacional familiar do ramo do altruísmo, se candidatou à presidência da República, obteve o apoio de impolutos republicanos desencantados com os partidos. Era o independente-padrão, um homem acima de qualquer suspeita, um D. Sebastião saído do vácuo, candidato ao lugar emblemático de PR.
Sobrava-lhe ambição e minguava-lhe passado político, na assepsia de um percurso que era apresentado como fazendo jus ao apelido. Velhos antifascistas ignoraram como era possível a alguém, cuja independência seria à prova de malefícios partidários, ter sido apoiante de Durão Barroso e congressista do PSD, apoiante de António Costa, do PS, e de Capucho, PSD, nas eleições autárquicas, mandatário do BE nas europeias, e alistado da Causa Monárquica. Confundiram um independente com um catavento.
Não lhe faltaram apoios declarados de gente séria à mistura com membros do Opus Dei e desempregados políticos do costume. Só lhe faltaram os votos de um eleitorado mais cauto do que os apoiantes.
Acabou como deputado (PSD), de Miguel Relvas, Marco António e Passos Coelho, com a promessa de o guindarem a presidente da Assembleia da República. Valeu a honradez de alguns deputados da direita, aflitos com a salubridade parlamentar, para que o órgão de eleição da democracia fosse poupado à presidência de um médico de passado político nebuloso a quem Passos Coelho tinha garantido o lugar. A derrota de ambos foi saudada pela AR, que acabou por eleger Assunção Esteves, uma mulher elegante, culta, jovem e com passado partidário no PSD e no Tribunal Constitucional.
Fernando Nobre, triste e humilhado, imergiu no Alcácer-Quibir das ambições frustradas e sumiu-se, qual fogo-fátuo, consumido no deserto de ideias do Independente-Padrão.
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