Dia Internacional dos Direitos da Criança
Os dias internacionais raramente superam a exploração comercial ou mediática de uma data.
O dia de hoje é diferente. É um duplo aniversário de alerta e de sensibilização para os direitos das crianças: proclamação da Declaração dos Direitos da Criança (20/11/1959) e adoção da Convenção sobre os Direitos da Criança (1989), pela Assembleia Geral das Nações Unidas.
Convidado pelo Agrupamento de Escolas de Miranda de Corvo tive o privilégio de estar à conversa com mais de 40 crianças do 3.º e 4.º anos de escolaridade. Não sei o que mais me surpreendeu, se a compostura e os conhecimentos das crianças de 8 a 10 anos, ou o dinamismo, dedicação e empatia das suas jovens professoras.
Em 1952 era eu que tinha a idade deles e em julho de 1971 dei as últimas aulas a alunos dessa idade. Os meus colegas da 4.ª classe eram “os filhos dos homens que nunca foram meninos”, para quem Soeiro Pereira Gomes escreveu «Esteiros», o livro que não leram.
Não sei a razão que levou Portugal a só ratificar a “Declaração dos Direitos da Criança”, em 21 de setembro de 1990, mas sei a razão por que são preteridos, em quase todo o mundo, os dez princípios proclamados.
No Dia Internacional dos Direitos da Criança é impossível esquecer crianças dizimadas pelo paludismo, despedaçadas por bombas, mortas por inanição, a encontrarem a morte nos desertos por onde fogem das guerras ou nas praias da Europa, agarradas ao cadáver das mães, onde procuravam sobreviver.
Que raio de mundo!
O dia de hoje é diferente. É um duplo aniversário de alerta e de sensibilização para os direitos das crianças: proclamação da Declaração dos Direitos da Criança (20/11/1959) e adoção da Convenção sobre os Direitos da Criança (1989), pela Assembleia Geral das Nações Unidas.
Convidado pelo Agrupamento de Escolas de Miranda de Corvo tive o privilégio de estar à conversa com mais de 40 crianças do 3.º e 4.º anos de escolaridade. Não sei o que mais me surpreendeu, se a compostura e os conhecimentos das crianças de 8 a 10 anos, ou o dinamismo, dedicação e empatia das suas jovens professoras.
Em 1952 era eu que tinha a idade deles e em julho de 1971 dei as últimas aulas a alunos dessa idade. Os meus colegas da 4.ª classe eram “os filhos dos homens que nunca foram meninos”, para quem Soeiro Pereira Gomes escreveu «Esteiros», o livro que não leram.
Não sei a razão que levou Portugal a só ratificar a “Declaração dos Direitos da Criança”, em 21 de setembro de 1990, mas sei a razão por que são preteridos, em quase todo o mundo, os dez princípios proclamados.
No Dia Internacional dos Direitos da Criança é impossível esquecer crianças dizimadas pelo paludismo, despedaçadas por bombas, mortas por inanição, a encontrarem a morte nos desertos por onde fogem das guerras ou nas praias da Europa, agarradas ao cadáver das mães, onde procuravam sobreviver.
Que raio de mundo!
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