As greves e as consequências
É impossível satisfazer todas as reivindicações justas, e imoral ceder às injustas, mas não surpreende que sejam as últimas as acolhidas e não as primeiras. Urge denunciar a cupidez e o oportunismo das imorais, incompatíveis com o Orçamento de Estado, cujo incumprimento seria funesto para o País, o que raramente é referido, e muitos desejam. Não se percebe por que motivo não são divulgados os vencimentos e eventuais regalias de todos os grevistas, bem como a remuneração média das mesmas categorias na UE e a sua ponderação de acordo com o PIB nacional. Corre-se o risco de que a banalização das greves e o seu fracasso contribuam para criar a aversão que tantos desejam, ainda inconformados com uma conquista que lhes causa azia. As primeiras vítimas serão os trabalhadores e o movimento sindical, que vivem já dias difíceis. Não será por acaso que algumas greves têm o estímulo, quiçá o patrocínio, dos que sempre as condenaram, herdeiros dos que as proibiam. O aventureirismo sindical