João Duarte Freitas – médico
Acaba de falecer um dos meus maiores e mais generosos amigos, um dermatologista de invulgar competência e cidadão de conduta exemplar.
Ainda jovem, cooperou no Comércio do Funchal, na Universidade combateu a ditadura, e foi a vingança fascista que lhe interrompeu o curso e o enviou como alferes para a pior zona de Moçambique, Cabo Delgado, durante a guerra colonial.
Homem de grande coragem e dignidade nunca referia a cruz de guerra que foi obrigado a aceitar, numa guerra contra a qual se manifestou antes, durante e depois, pela palavra escrita e oral, com riscos que precocemente assumiu e represálias que sofreu.
Participou nos movimentos cívicos contra a ditadura, colaborou nos mais relevantes movimentos culturais da Universidade de Coimbra, como estudante, e foram a cultura, a intervenção cívica, a participação associativa e o exercício da medicina que pautaram a sua vida intensa e breve.
Foi presidente do Ateneu e de numerosas associações, mas a sua biografia não cabe na homenagem que dolorosamente lhe presto, deixando comovidos pêsames à jornalista do Público, Andreia Freitas, sua filha mais velha, à viúva, Sofia, e aos filhos de ambos, Gaspar e Simão, juntando as minhas às suas lágrimas.
Até sempre, João. Quando reabrir o Bossa Nova há de amargar-nos o café onde nunca mais poderemos contar com a tua presença. Até sempre.
Deixo o último texto que publicou aqui no blogue Ponte Europa,
onde assinava com o pseudónimo de «e-pá».
https://ponteeuropa.blogspot.com/2019/11/bolivia-o-golpismo-em-cascata-na.html
Ainda jovem, cooperou no Comércio do Funchal, na Universidade combateu a ditadura, e foi a vingança fascista que lhe interrompeu o curso e o enviou como alferes para a pior zona de Moçambique, Cabo Delgado, durante a guerra colonial.
Homem de grande coragem e dignidade nunca referia a cruz de guerra que foi obrigado a aceitar, numa guerra contra a qual se manifestou antes, durante e depois, pela palavra escrita e oral, com riscos que precocemente assumiu e represálias que sofreu.
Participou nos movimentos cívicos contra a ditadura, colaborou nos mais relevantes movimentos culturais da Universidade de Coimbra, como estudante, e foram a cultura, a intervenção cívica, a participação associativa e o exercício da medicina que pautaram a sua vida intensa e breve.
Foi presidente do Ateneu e de numerosas associações, mas a sua biografia não cabe na homenagem que dolorosamente lhe presto, deixando comovidos pêsames à jornalista do Público, Andreia Freitas, sua filha mais velha, à viúva, Sofia, e aos filhos de ambos, Gaspar e Simão, juntando as minhas às suas lágrimas.
Até sempre, João. Quando reabrir o Bossa Nova há de amargar-nos o café onde nunca mais poderemos contar com a tua presença. Até sempre.
Deixo o último texto que publicou aqui no blogue Ponte Europa,
onde assinava com o pseudónimo de «e-pá».
https://ponteeuropa.blogspot.com/2019/11/bolivia-o-golpismo-em-cascata-na.html
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Abraço.