Sérgio Moro – o candidato a PR
Assistir ao branqueamento do ex-juiz e ministro de Bolsonaro nos média portugueses, como se fosse um cidadão virtuoso e democrata, é algo que arrepia.
Esqueceram que Temer, corrupto com fartas provas, deixou de ser perseguido após ter aderido ao golpe contra Dilma Rousseff, em proveito próprio e do gangue que assaltaria a presidência da República com Bolsonaro como líder.
Basta substituir um corrupto abrutalhado por um corrupto sofisticado para que tudo se mantenha igual num país onde as oligarquias não deixam perdurar a democracia se não estiver sob o seu domínio.
Parece esquecida a participação de Sérgio Moro, indivíduo sem escrúpulos nem pudor, na criação do ambiente que levou à destituição de Dilma; as escutas ilegais à PR feitas e divulgadas por ele para tornar aceitável na opinião pública o golpe da destituição sob o estranho pretexto das “pedaladas fiscais”; a sua recomendação de nomes de testemunhas aos procuradores para garantir condenações e promover-se a justiceiro do Lava-Jato.
Surpreende que não tenha procurado averiguar de onde partiu o plano para assassinar a vereadora Marielle Franco e é muito comprometedora a troca de mensagens divulgadas pelo Intercept em julho passado, mostrando que o coordenador da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol temia que o ministro da Justiça Sérgio Moro, protegesse Flávio Bolsonaro para não desagradar ao PR e pôr em risco a sua indicação para o Supremo Tribunal Federal (STF), como tinha antecipado Jair Bolsonaro em maio de 2021. (Fonte)
A demissão de Moro deve-se à incapacidade do PR para compreender que o cerco ao filho Flávio deixara de depender dele quando a ordem de investigação partiu do STF.
Demitiu-se depois de ver gorada a indigitação para o STF, quando não pôde impedir a investigação contra Flávio, e vingou-se com as acusações que levaram o Tribunal que mandou investigar o filho a mandar investigar agora o PR, por ingerência na Polícia Federal, abrindo espaço para a sua candidatura à sucessão.
Sérgio Moro é outro Temer, mas faltou-lhe ser vice-presidente para ser o PR na queda próxima de Bolsonaro. Resta-lhe agora conspirar com o treino da Operação Lava Jato e esperar que não haja melhor candidato para os que, com a sua cumplicidade, levaram Bolsonaro a PR.
Convém lembrar que, quando era juiz do Lava Jato, em conferência no Estoril, chamou bandido a um arguido português, ex-PM, ainda sem acusação. A linguagem, digna de almocreve, é uma boçalidade, adequada a um jagunço do gangue Bolsonaro, e uma ofensa à Justiça portuguesa onde não há um único juiz capaz de apelidar dessa forma um cidadão brasileiro, mesmo depois de a condenação transitar em julgado.
Quem mente, conspira e corrompe, à semelhança de Temer, não pode ser branqueado.
Esqueceram que Temer, corrupto com fartas provas, deixou de ser perseguido após ter aderido ao golpe contra Dilma Rousseff, em proveito próprio e do gangue que assaltaria a presidência da República com Bolsonaro como líder.
Basta substituir um corrupto abrutalhado por um corrupto sofisticado para que tudo se mantenha igual num país onde as oligarquias não deixam perdurar a democracia se não estiver sob o seu domínio.
Parece esquecida a participação de Sérgio Moro, indivíduo sem escrúpulos nem pudor, na criação do ambiente que levou à destituição de Dilma; as escutas ilegais à PR feitas e divulgadas por ele para tornar aceitável na opinião pública o golpe da destituição sob o estranho pretexto das “pedaladas fiscais”; a sua recomendação de nomes de testemunhas aos procuradores para garantir condenações e promover-se a justiceiro do Lava-Jato.
Surpreende que não tenha procurado averiguar de onde partiu o plano para assassinar a vereadora Marielle Franco e é muito comprometedora a troca de mensagens divulgadas pelo Intercept em julho passado, mostrando que o coordenador da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol temia que o ministro da Justiça Sérgio Moro, protegesse Flávio Bolsonaro para não desagradar ao PR e pôr em risco a sua indicação para o Supremo Tribunal Federal (STF), como tinha antecipado Jair Bolsonaro em maio de 2021. (Fonte)
A demissão de Moro deve-se à incapacidade do PR para compreender que o cerco ao filho Flávio deixara de depender dele quando a ordem de investigação partiu do STF.
Demitiu-se depois de ver gorada a indigitação para o STF, quando não pôde impedir a investigação contra Flávio, e vingou-se com as acusações que levaram o Tribunal que mandou investigar o filho a mandar investigar agora o PR, por ingerência na Polícia Federal, abrindo espaço para a sua candidatura à sucessão.
Sérgio Moro é outro Temer, mas faltou-lhe ser vice-presidente para ser o PR na queda próxima de Bolsonaro. Resta-lhe agora conspirar com o treino da Operação Lava Jato e esperar que não haja melhor candidato para os que, com a sua cumplicidade, levaram Bolsonaro a PR.
Convém lembrar que, quando era juiz do Lava Jato, em conferência no Estoril, chamou bandido a um arguido português, ex-PM, ainda sem acusação. A linguagem, digna de almocreve, é uma boçalidade, adequada a um jagunço do gangue Bolsonaro, e uma ofensa à Justiça portuguesa onde não há um único juiz capaz de apelidar dessa forma um cidadão brasileiro, mesmo depois de a condenação transitar em julgado.
Quem mente, conspira e corrompe, à semelhança de Temer, não pode ser branqueado.
Ponte Europa / Sorumbático
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