O aparente golpe de Estado contra a democracia – PSTJ, PGR e PR contra o PM
1 – Procuradores do Ministério Público, em inabitual respeito pelo segredo de Justiça, enviaram ao Supremo Tribunal de Justiça /STJ) o processo Operação Influencer, onde o PM António Costa foi referido.
2 – Sem conhecimento do visado, antes da investigação de
suspeitas que aparentemente resultaram da confusão de homónimos, António Costa
Silva e António Costa, o presidente do STJ, Henrique Araújo, deixou o País
estupefacto com a denúncia pública de que “o fenómeno da corrupção, que está
instalada em Portugal, tem uma expressão muito forte na Administração Pública.
Isto não é uma simples perceção, é uma certeza”.
3 – No dia 7 de novembro de 2023 a PGR, Lucília Gago reuniu-se
com o PR Marcelo e, à saída da reunião, enviou aos media um comunicado com um infamante
parágrafo que, para salvaguarda da dignidade institucional, levou o PM a
demitir-se.
4 – A seguir agentes da PSP devassaram o gabinete do PM à
procura de provas que confirmassem a acusação baseada em escutas, algumas ao
longo de 4 anos ao ministro que sobraçava a pasta das Infraestruturas e a
intervenientes dos investimentos na exploração de lítio em Montalegre e Serra
d’Arga e no «Data Center» de Sines.
5 – O PR aceitou a demissão do PM e pela segunda vez, sem
justificação, dissolveu a Assembleia da República recusando aceitar qualquer
nome que o PS indicasse para PM.
6 – No próximo dia 7 de maio completar-se-á meio ano sobre a
alegada suspeita sobre o ex-PM, com o PR e a PGR desacreditados, sem se
perceber o que levou o presidente do STJ a anunciar publicamente a sua «certeza
sobre a corrupção instalada em Portugal na Administração Pública».
7 – E já se sabe, por acórdãos do Tribunal da Relação para
outros visados do Processo Influencer, que eram infundadas as suspeitas e que
os Procuradores do DCIAP viram suspeitas no exercício legítimo de funções
governamentais.
8 – Entretanto, a PGR e/ou os Procuradores junto do STJ decidiram
que a investigação das alegadas suspeitas contra o ex-PM, passasse para o DCIAP
de Lisboa, investigação que não foi feita no STJ e parece não ter sido ainda iniciada
no DCIAP.
***
a) – Sem qualquer investigação, o ex-PM encontra-se refém da
conjura que o impede de ter futuro político. Os portugueses merecem que o PR, a
PGR e o presidente da PGR expliquem o seu comportamento, isto é, se foi a
Justiça que procuraram ou a difamação;
Para os leigos como eu, é legítimo pensar que depois do 11
de março, em que o general Spínola, quis impedir a democracia, este foi o golpe
com êxito executado nos gabinetes.
Para já são réus no pelourinho da opinião pública o PR, a
PGR e o PSTJ, e a democracia exige que prestem contas. Espero que a minha revolta
se transforme em clamor coletivo.
Aqui ficam os nomes dos arguidos por ordem decrescente de
importância institucional:
- Marcelo Rebelo de Sousa (PR)
- Henrique Araújo (PSTJ)
- Lucília Gago (PGR)
- Desconhecidos Procuradores do MP do DCIAP
- SMMP – Sindicato dos Magistrados do Ministério Público
Coimbra, 28 de abril de 2024
a) Carlos Esperança, rural, lento e imprevisível, faltando ser oriental para acumular os defeitos que povoam a mente do «sulista, elitista e liberal».
Comentários