O GOVERNO E AS FORÇAS ARMADAS
A notícia caiu com estrondo quando o ministro a quem saiu a Defesa na rifa do Governo anunciou a intenção de integrar delinquentes nas Forças Armadas. Pareceu tolice de um ministro impreparado antes de a ministra de a Administração Interna, Margarida Blanco, corroborar a intenção e, surpresa das surpresas, dizer que Nuno Melo falava “daquilo que sabe do seu Ministério” e “obviamente que falou em nome de todo o Governo”.
Sendo o ministério da Defesa o único em que constitucionalmente
o PR tem voz, como Comandante Supremo das Forças Armadas, ou aceitou e é
cúmplice ou o Governo é imprudente e anda à deriva.
Querer transformar pequenos delinquentes em grandes
militares, como quer o Governo, só pode ser ideia de pequenos ministros
assessorados por grandes delinquentes.
Um país pode resistir a um PM incapaz, a uma maioria pífia
ou a um PR que confunde funções executivas com as suas. Só não resiste quando
todas as situações se reúnem.
Em Portugal tudo o que podia correr mal, corre efetivamente
mal e da pior maneira, fazendo jus à Lei de Murphy.
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