EUA – O regresso manso do fascismo
O pangermanismo, antissemitismo e anticomunismo fizeram do Partido Nazi alemão o mais votado. Em 1933, tornou-se o maior partido eleito no Reichstag, e seu líder, Adolf Hitler, foi nomeado Chanceler da Alemanha no dia 30 de janeiro desse ano. Há 92 anos, começou a maior tragédia da História, até então.
O racismo, a xenofobia e o populismo deram agora ao Partido Republicano americano a maioria absoluta nos vários centros do poder. O protestantismo evangélico tem o poder. Agora aceita-se os EUA primeiro, como então a Alemanha acima de tudo.
Até na definição do espaço vital, do Canal do Panamá à Gronelândia, e a submissão do Canadá e União Europeia apresentam contornos semelhantes à que originou a tragédia do séc. XX. Os EUA são agora a Alemanha e Trump o seu führer.
Há quem não queira ver semelhanças no moralismo religioso e imoralismo económico que, de forma boçal, impera no outro lado do Atlântico, agora com a perigosa aliança entre um déspota e os donos das redes sociais, entre o poder militar e financeiro e os algoritmos.
Já depois da eleição de Trump, arrepiei-me ao ouvir o embaixador Martins da Cruz, não é o embaixador Tânger Corrêa, do Chega, a irritar-se com as críticas de Francisco Louçã ao presidente americano que ele definiu como “o líder do mundo livre”.
Se pensa assim o compadre e antigo ministro de Durão Barroso, que esteve 10 anos em Belém a colecionar medalhas, como assessor de Cavaco Silva, imaginamos o ponto a que chegaram os dirigentes da direita e os níveis de subserviência que atingiram.
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