Em abstracto, nada a opor, bem pelo contrário, à nota da direcção de informação da RTP. Mas, não sabendo em que contexto foi produzida essa nota, não é possível emitir opinião fundamentada. No entanto, sempre se dirá que o actual jornalismo não prima pela objectividade e independência, mesmo na televisão pública.
Foi em resposta ao comunicado do PM em que considerava hostilidade a investigação da RTP sobre as imobiliárias do Governo. Já não me recordo bem das declarações do PM, mas hão de estar por aí na NET.
Obrigado pelo esclarecimento. Confesso que não sou grande apreciador de televisão, hábito que me ficou do antes do 25 de Abril, por isso escapou-me a questão. Também não leio jornais, por descrédito de linhas editoriais espúrias. Já ouvi falar da lei dos solos e não é preciso ter grande argúcia para entender que algo tem de ser feito para obstar ao abandono do campo. O modo como os solos têm sido geridos é notório que não serve. Porém, não deixa de ser estranho que tantos dos actuais governantes tenham interesses na actividade imobiliária, neste tempo de alteração da lei, e isso deve ser sindicado pelos jornalistas. Se é da natureza da lei ser geral e abstracta, esta não se livrará de suspeitas relativas ao contexto em que nasceu. Seja como for, parecer-me-ia mais útil que a comunicação social nesta altura estivesse a levantar o véu sobre a necessidade, ou não, do aumento das despesas militares em detrimento da "manteiga", como diz o outro. Ou se a guerra faz qualquer sentido para os povos do mundo, especialmente para os europeus da UE! Ora, isso não é feito pelos tais jornalistas (salvo honrosas excepções, fora do "mainstream") cujos interesses corporativos são bem visíveis, indiferentes ao cada vez maior desprezo a que são votados os tradicionais meios de comunicação social em que se manifestam, degradando desse modo a Democracia e a sua própria profissão, tão nobre que é, ou devia ser.
Antes das 11 horas da manhã, uma numerosa comitiva de polícias, militares da GNR, e alguns outros do Exército, tomaram posições em frente à Igreja de Santa Cruz. Bem ataviados esperavam a hora de deixarem a posição de pé e mergulharem de joelhos no interior do templo do mosteiro beneditino cuja reconstrução e redecoração por D. Manuel lhe deu uma incomparável beleza. Não era a beleza arquitetónica que os movia, era a organização preparada de um golpe de fé definido pelo calendário litúrgico da Igreja católica e decidido pelas hierarquias policiais e castrenses. Não foi uma homenagem a Marte que já foi o deus da guerra, foi um ato pio ao deus católico que também aprecia a exibição de uniformes e a devoção policial. No salazarismo, durante a guerra colonial, quando as pátrias dos outros eram também nossas, não havia batalhão que não levasse padre. Podia lá morrer-se sem um último sacramento!? Éramos o país onde os alimentos podiam chegar estragados, mas a alma teria de seguir lim...
“Comemora-se em todo o país uma promulgação do despacho número Cem da Marinha Mercante Portuguesa, a que foi dado esse número não por acaso, mas porque ele vem na sequência de outros noventa e nove anteriores promulgados...” “A minha boa vontade não tem felizmente limites. Só uma coisa não poderei fazer: o impossível. E tenho verdadeiramente pena de ele não estar ao meu alcance.” “Neste almoço ouvi vários discursos, que o Governador Civil intitulou de simples brindes. Peço desculpa, mas foram autênticos discursos.” “A Aeronáutica, como várias vezes disse, é um complemento da navegação marítima, pois com o progresso da técnica e a rapidez da vida de hoje, era necessário por vezes chegar mais depressa.” “O caminho certo é o que Portugal está seguindo; e mesmo que assim não fosse não há motivo para nos arrependermos ou para arrepiar caminho” [1964] “Eu devo dizer que as incompreensões e as críticas – e quando me refiro ás críticas refiro-me àquelas que não sã...
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Ora, isso não é feito pelos tais jornalistas (salvo honrosas excepções, fora do "mainstream") cujos interesses corporativos são bem visíveis, indiferentes ao cada vez maior desprezo a que são votados os tradicionais meios de comunicação social em que se manifestam, degradando desse modo a Democracia e a sua própria profissão, tão nobre que é, ou devia ser.