O partido fascista – Promotor da Associação de Capadores
Hoje dedicado a André Ventura e ao deputado municipal de Lisboa, Pardal Ribeiro do CHEGA, acusado de prostituição de menores. In Ancoradouro (pg. 141/142).
O partido fascista, agora com farta representação na AR e o
apoio de Luís Montenegro, que hesita entre tornar fascista o PSD ou apenas
partilhar a mesma cama com Ventura, continua uma fonte de perturbação política
pelo ruído e histrionismo do seu líder.
O País está a pagar a indulgência do Tribunal
Constitucional, após uma primeira lista de assinaturas falsas. A escória do
fascismo, depois de legalizada, entrou na AR, e tornou-se um instrumento de
agitação política e da normalização de aberrantes propostas que ferem a CRP, a
decência e os direitos humanos.
O bando de fascistas passou a ser a voz, que os média
ampliaram, a apelar aos instintos mais primários e ao ressentimento dos
nostálgicos da ditadura e de indivíduos amorais.
Os odiosos répteis vêm da antiguidade onde a castração dos
servos, em haréns, produzia eunucos, acautelando a paternidade dos senhores, ou
inspiram-se na piedosa tradição de conservar vozes líricas de meninos, para
satisfação divina, removendo os testículos para produzir sopraninos (castrati).
Quanto à castração das mulheres, talvez seja a demência
mutiladora da misoginia que os moveu na proposta da histerectomia radical como
punição.
Há na discussão destas matérias, numa assembleia de gente
amoral e perigosa, um odor a gás que nos remete para horrores do Holocausto,
que provoca o sobressalto cívico que nos acorda para a maldade de que são
capazes os que discutem, sem qualquer emoção, a mutilação sexual, semelhante à
prática da excisão do clitóris, como tradição tribal e em contexto islâmico.
A violência é a matriz genética dos herdeiros da ditadura
salazarista, indo mais longe na vingança, na ânsia de imitarem um demente
pintor de tabuletas, nascido na Áustria, que foi responsável por milhões de
mortes e praticou o genocídio a nível industrial.
Esta associação, por mais legal e impune que se sinta, é uma
ofensa à civilização e aos direitos humanos, uma agremiação de malfeitores à
solta.
Esta associação de capadores só guardou de Conrado o
prudente silêncio quando viram acusados delinquentes paramentados.
São execráveis, mas sabem dissimular-se.
In Ancoradouro, pág. 141/142 à venda nas livrarias e na Âncora Editora.
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