África do Sul e Portugal – 26.º aniversário da posse de Nelson Mandela
Em 10 de maio de 1994, o herói da libertação do seu povo e da resistência à segregação social tornou-se presidente da República da África do Sul. Passa hoje o 26.º aniversário.
Mandela compreendeu, como poucos, que ninguém é livre numa sociedade de escravos, e, por isso, lutou pela libertação de negros e brancos. Apóstolo da não-violência, desde a juventude, líder da resistência não violenta e advogado dos direitos humanos, foi vítima de um julgamento indecoroso e condenado, por traição, a prisão perpétua. Foragido, foi capturado pelo governo racista, em 1962, com o apoio da CIA.
Mandela é a grande referência ética, humanista e política de África. A coragem levou-o a ser tão firme na recusa da liberdade oferecida, em troca da capitulação dos seus ideais, como a resistir à vingança da prisão, durante 27 anos, e às humilhações que o regime de segregação racial lhe infligiu, quando conquistou o poder. Foi uma glória para África e é uma honra para o Mundo.
A sua dimensão política e superioridade moral tornaram-no uma personalidade histórica à escala mundial e um político de exceção em todo o continente africano.
Presidente da África do Sul, 1994/1999, deu o exemplo de desapego ao poder, ao não se candidatar à reeleição certa, num continente onde a herança colonialista deixou marcas e manchas no carácter dos políticos, que tendem a manter-se vitaliciamente no poder.
Perante a grandeza deste homem que suscita a quase unanimidade dos encómios de todo o mundo, perante uma das maiores figuras mundiais do século XX, vale a pena referir, por contraste, dois políticos portugueses.
Um foi Salazar, anacrónico fascista, quando a ONU condenou o colonialismo português e apelou ao nacionalismo com a célebre frase, “estamos orgulhosamente sós”, o que era falso, apoiado pelos EUA e África do Sul, esta, então, a carcereira de Nelson Mandela.
O outro foi um cinzento salazarista, menos instruído, que à democracia deve tudo o que foi, Cavaco Silva. Em 1987, mandou votar contra uma resolução da ONU que exigia a libertação incondicional de Mandela, apenas ao lado dos EUA, de Reagan, e do Reino Unido, de Thatcher, votação que registou os 3 votos contra, 129 a favor e 23 abstenções. Foi a pequenez do mordomo na raiva solidária ao Homem.
Mandela não teve sucessores à sua altura; Salazar e Cavaco, sim.
Para desgraça dos dois países.
Mandela compreendeu, como poucos, que ninguém é livre numa sociedade de escravos, e, por isso, lutou pela libertação de negros e brancos. Apóstolo da não-violência, desde a juventude, líder da resistência não violenta e advogado dos direitos humanos, foi vítima de um julgamento indecoroso e condenado, por traição, a prisão perpétua. Foragido, foi capturado pelo governo racista, em 1962, com o apoio da CIA.
Mandela é a grande referência ética, humanista e política de África. A coragem levou-o a ser tão firme na recusa da liberdade oferecida, em troca da capitulação dos seus ideais, como a resistir à vingança da prisão, durante 27 anos, e às humilhações que o regime de segregação racial lhe infligiu, quando conquistou o poder. Foi uma glória para África e é uma honra para o Mundo.
A sua dimensão política e superioridade moral tornaram-no uma personalidade histórica à escala mundial e um político de exceção em todo o continente africano.
Presidente da África do Sul, 1994/1999, deu o exemplo de desapego ao poder, ao não se candidatar à reeleição certa, num continente onde a herança colonialista deixou marcas e manchas no carácter dos políticos, que tendem a manter-se vitaliciamente no poder.
Perante a grandeza deste homem que suscita a quase unanimidade dos encómios de todo o mundo, perante uma das maiores figuras mundiais do século XX, vale a pena referir, por contraste, dois políticos portugueses.
Um foi Salazar, anacrónico fascista, quando a ONU condenou o colonialismo português e apelou ao nacionalismo com a célebre frase, “estamos orgulhosamente sós”, o que era falso, apoiado pelos EUA e África do Sul, esta, então, a carcereira de Nelson Mandela.
O outro foi um cinzento salazarista, menos instruído, que à democracia deve tudo o que foi, Cavaco Silva. Em 1987, mandou votar contra uma resolução da ONU que exigia a libertação incondicional de Mandela, apenas ao lado dos EUA, de Reagan, e do Reino Unido, de Thatcher, votação que registou os 3 votos contra, 129 a favor e 23 abstenções. Foi a pequenez do mordomo na raiva solidária ao Homem.
Mandela não teve sucessores à sua altura; Salazar e Cavaco, sim.
Para desgraça dos dois países.
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