Notas Soltas – abril/2020


Brasil – Ninguém melhor do que o governador de S. Paulo definiu Bolsonaro: “Temos um presidente que não está em plenas faculdades mentais para liderar um país”. Já não estava quando a IURD, o juiz Moro e interesses suspeitos o levaram à vitória eleitoral.

Turquia – Quando um chefe de Estado se torna pirata, não surpreende que retenha um avião, que faz escala no País e leva ventiladores para Espanha, com o argumento de que a carga lhe é imprescindível. A pirataria era o crime que faltava no seu currículo.

Hungria – Politicamente fortalecido por poder governar sem prazo e por decreto, o PM húngaro, Viktor Orbán, pretendeu ter poderes plenipotenciários e apresentou uma lei ao Parlamento para retirar poderes aos presidentes de câmara e neutralizar a oposição.

Alemanha – A Senhora Merkel, cuja carreira parecia acabada, com popularidade baixa, renasceu das cinzas neste doloroso período de combate a um vírus desconhecido e, uma vez mais, revelou a grande dimensão de estadista e o seu europeísmo.

Portugal – O Governo e as autoridades de saúde, nomeadamente a ministra e a diretora-geral, tomaram melhores medidas e mais céleres do que muitos outros países. Os ataques que as visam são injustos, perante a sua dedicação, coragem e determinação.

Israel – Os judeus ortodoxos, cujo venerado rabino Kanievsky ordenou a desobediência ao ministério da Saúde e a abertura de sinagogas e escolas rabínicas porque o Talmude e o Pentateuco os protegeriam. O número de infetados e mortos, pela COVID- 19, levou a polícia e o exército a impor-lhes um cordão sanitário.

OMS – O diretor, Tedros Adhanom Ghebreyesus, sob os ataques de Trump, defendeu a forma como a estrutura está a lidar com a pandemia da covid-19 e apelou à unidade de todos, sem usarem a pandemia “para marcar pontos políticos.”

Espanha – A monarquia, herança do genocida Franco, posta à sorrelfa na Constituição, resistiu a negócios escuros, à riqueza ocultada e escândalos do rei emérito. O filho, com a sua doença, narcolepsia, e atribulações domésticas, está a conduzi-la à ruína.

COVID- 19 – Sem futebol nem eventos sociais, a catástrofe natural é tão excessiva que monopoliza as notícias, mas é altura de pensar o regresso à normalidade, mais pobres, e com respeito pelo ambiente e pela justiça social, a nível mundial.

Guiné-Bissau – A perseguição a primeiros-ministros e membros do Governo, incluindo a morte, é o espetáculo dramático num espaço lusófono que podia ser um país e acabou entreposto da droga e negócios sujos, dilacerado por guerras tribais, miséria e petróleo.

Democracia – A juntar à cada vez mais débil defesa dos cidadãos, a chegada do novo e mortífero vírus veio limitar liberdades e a intimidade das pessoas, com o risco acrescido de aumentar o número dos que desprezam a liberdade e os direitos humanos. 


Trump – Acusou a OMS de “má gestão", "ocultação" e de ter confiado na China, para retirar o financiamento à prestimosa organização quando o Mundo tanto precisa dela. Trump não vence eleições por mentir, mas com mentiras que agradam ao eleitorado.

Rui Rio – Na carta aos militantes do PSD disse que “não é patriótico” criticar Governo na pandemia Covid-19. Reforça-se como homem de Estado enquanto os bastonários da Saúde e autarcas fazem ataques injustos e de ódio partidário ao ministério da Saúde.

China – O Governo está a aumentar a pressão sobre Hong Kong, não apenas no campo político. Hong Kong tem a autonomia em causa. Xi Jiping quer leis de segurança para combater as forças pró-independência. A perseguição política é o objetivo.

Parlamento – A sessão comemorativa do 25 de Abril, votada pelo PS, PSD, BE, PCP e PEV, contra CDS, Chega e IL, foi a obrigação cumprida nos moldes sanitários com que se manteve a funcionar no período de confinamento, assegurando a democracia.

Liberdade – A aprovação da celebração do 25 de Abril, na AR, teve 223 deputados que quiseram lembrar aí a liberdade que o MFA conquistou e 7 que usaram o pretexto para mostrar desprezo pela data maior da nossa História.

Trofa – Um coordenador autárquico terminou assim um texto no Facebook sobre as celebrações do 25 de Abril na AR: “Se houver quem ponha aquele espaço a funcionar como uma câmara de gás, eu pago o gás”. Entre os 17 “gostos” teve o do presidente da Câmara, Sérgio Humberto. O nazismo já regressou à Câmara da Trofa.

Sérgio Moro – A demissão de ministro da Justiça do Brasil foi tática. O juiz venal, que trocou a honra por um lugar no Governo, não saiu quando Bolsonaro apelou ao fecho do Supremo Tribunal, saiu depois de ver negada a sua indigitação, desejoso de o substituir.

PR – O discurso do 25 de Abril honra-o e prestigia o cargo. Considerou vergonhoso que não se comemorasse na AR, e garantiu que as datas identitárias da Pátria, 5 de Outubro e 1.º de Dezembro, banidas do calendário cívico pelos ex-PR e PM, seriam celebradas.

União Europeia – A pandemia que arruinou décadas de prosperidade e bem-estar, pode ter efeitos colaterais benéficos, desde a harmonização fiscal até à abolição dos paraísos fiscais, onde se destacam o Luxemburgo, Países Baixos, Irlanda e Malta.

Reino Unido – Boris Johnson, depois de ter cometido o erro de optar pela imunidade de grupo para combater o coronavírus, a rude prova da infeção e dos cuidados intensivos deu-lhe sensatez, e levou-o a resistir à pressão para aliviar as restrições de isolamento.

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