Ricardo Salgado, a campanha de Cavaco e a fuga dos amigos
O Ministério Público acusou Ricardo Salgado e a nata da aristocracia da Linha de tantos e tão graves crimes que, se forem provados, estaremos perante a mais corrupta elite que se recompôs depois da ditadura fascista.
Chegou a hora da Justiça e cabe agora os Tribunais averiguar os crimes e estabelecer as penas, enquanto Ricardo Salgado, o destacado ex-banqueiro, perdeu a honra, os haveres e os amigos.
No ostracismo a que foi votado, são de exigir os mesmos direitos de defesa de qualquer outro cidadão, e pasmo com o silêncio daqueles a quem concedia a honra, e proveito, de os receber em casa, convidar para férias e patrocinar campanhas eleitorais.
Os amigos de Ricardo Salgado lembram Filipe VI, em Espanha, a expulsar da casa que foi dele o rei que o genocida Franco impôs a Espanha e de quem uma senhora grega o gerou para lhe herdar a coroa e as mordomias através da via uterina.
Que será feito daquele sindicalista que, segundo afirmou, devia tudo o que era a Ricardo Salgado, e lhe pediu conselho sobre a aceitação da liderança de uma central sindical que ajudou a descredibilizar?
Não terá livre uma única quinta-feira, ou outro dia, o político cuja primeira candidatura vencedora a PR foi gizada durante um jantar, na vivenda do ora arguido, para algumas palavras de conforto? Esquecerá o político quem lhe patrocinou as duas campanhas eleitorais e franqueou as portas da vivenda para o opíparo jantar onde teve como apoiantes, além do anfitrião, outro PM e o PR seu sucessor, todos acompanhados das amantíssimas companheiras?
Só na campanha da reeleição tangencial, as 10 doações do clã Espírito Santo atingiram os 253.360 euros, todos ressarcidos de um alegado saco azul do benfeitor.
Onde andará esse ex-PM e ex-presidente da Comissão Europeia, dedicado aos negócios bancários, sem tempo para uma declaração amistosa para o ex-anfitrião?
Compreende-se que o outro comensal dessa ceia de cardeais políticos tenha entrado em período de nojo nos comentários, por ver a mulher envolvida na queda do BES, mas é o único que, na altura própria, não o renegará, depois de ter afirmado que a dedução das acusações era uma boa notícia.
Independentemente do erro político da resolução do BES, e da necessidade de prova das acusações, estas não surpreenderam.
A surpresa foi a inocência de José Maria Ricciardi, ex-presidente do BES Investimento (BESI). Ignorava os crimes, como aceitou o MP, e colaborou na investigação. Não foi, por isso, e naturalmente, acusado. De onde menos se espera sai um inocente!
Não faltarão espíritos malévolos a interrogar-se como podia Ricciardi ignorar os crimes de que foi a alegada testemunha, mas a verdade é que os ignorava e não foi constituído arguido.
Chegou a hora da Justiça e cabe agora os Tribunais averiguar os crimes e estabelecer as penas, enquanto Ricardo Salgado, o destacado ex-banqueiro, perdeu a honra, os haveres e os amigos.
No ostracismo a que foi votado, são de exigir os mesmos direitos de defesa de qualquer outro cidadão, e pasmo com o silêncio daqueles a quem concedia a honra, e proveito, de os receber em casa, convidar para férias e patrocinar campanhas eleitorais.
Os amigos de Ricardo Salgado lembram Filipe VI, em Espanha, a expulsar da casa que foi dele o rei que o genocida Franco impôs a Espanha e de quem uma senhora grega o gerou para lhe herdar a coroa e as mordomias através da via uterina.
Que será feito daquele sindicalista que, segundo afirmou, devia tudo o que era a Ricardo Salgado, e lhe pediu conselho sobre a aceitação da liderança de uma central sindical que ajudou a descredibilizar?
Não terá livre uma única quinta-feira, ou outro dia, o político cuja primeira candidatura vencedora a PR foi gizada durante um jantar, na vivenda do ora arguido, para algumas palavras de conforto? Esquecerá o político quem lhe patrocinou as duas campanhas eleitorais e franqueou as portas da vivenda para o opíparo jantar onde teve como apoiantes, além do anfitrião, outro PM e o PR seu sucessor, todos acompanhados das amantíssimas companheiras?
Só na campanha da reeleição tangencial, as 10 doações do clã Espírito Santo atingiram os 253.360 euros, todos ressarcidos de um alegado saco azul do benfeitor.
Onde andará esse ex-PM e ex-presidente da Comissão Europeia, dedicado aos negócios bancários, sem tempo para uma declaração amistosa para o ex-anfitrião?
Compreende-se que o outro comensal dessa ceia de cardeais políticos tenha entrado em período de nojo nos comentários, por ver a mulher envolvida na queda do BES, mas é o único que, na altura própria, não o renegará, depois de ter afirmado que a dedução das acusações era uma boa notícia.
Independentemente do erro político da resolução do BES, e da necessidade de prova das acusações, estas não surpreenderam.
A surpresa foi a inocência de José Maria Ricciardi, ex-presidente do BES Investimento (BESI). Ignorava os crimes, como aceitou o MP, e colaborou na investigação. Não foi, por isso, e naturalmente, acusado. De onde menos se espera sai um inocente!
Não faltarão espíritos malévolos a interrogar-se como podia Ricciardi ignorar os crimes de que foi a alegada testemunha, mas a verdade é que os ignorava e não foi constituído arguido.
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