O Professor Marcelo e a Dr.ª Graça Freitas

O Professor Marcelo, em visita de Estado ao principado de Andorra, setembro de 2017, afirmou que “quando viro à direita em Portugal, a direita não nota” [sic].

Talvez por isso, pela estupidez que admite na sua área ideológica que, aliás, não tem o monopólio, como se vê pelos eleitores do PS que se dispõem a votar nele, resolveu de forma clara fazer agora a Eduardo Cabrita o que fez, cruelmente, à anterior titular, Dr.ª Constança Urbano, quando dos incêndios de Pedrógão, coagindo-a a demitir-se.

Se, desta vez, a direita não nota que vira à direita, de onde nunca saiu, o que surpreende é a intenção do voto de quem lho confia com a leviandade de quem julga defender o PS.

Enquanto este candidato da direita, por ser candidato, se abstém da mensagem de Ano Novo, servindo-a diariamente em suaves prestações, e se intromete na composição do Governo, os média e os ignotos ex-PR e ex-PM apareceram a dar uma ajuda, ainda que fosse maior a aversão que provocaram do que o desgaste do Governo, que pretenderam.

Neste macabro baile de máscaras, em ambiente lúgubre de pandemia, o regresso da D-G de Saúde, Dr.ª Graça Freitas é o refrigério para as feridas abertas na nossa sociedade.

Foi tão bom voltar a ouvir a agradável voz da Dr.ª Graça Freitas a aconselhar: «vacinar, vacinar, vacinar», com a suavidade da voz e a ternura da sua dedicação pública.

Bem-vinda ao nosso convívio. Senti a sua falta.

Comentários

Jaime Santos disse…
Talvez o facto de o PS ter decidido ficar em casa e não apoiar um candidato da sua área (é mais do que claro os anti-corpos que Ana Gomes cria em militantes do Partido e porventura em muitos simpatizantes pelas suas posições críticas ao seu próprio Partido, que roçam um populismo de Esquerda) tenha algo que ver com o apoio massivo a Marcelo.

Mas não esquecer que o bom do Professor dá duas no cravo e uma na ferradura. Por muito que ele se intrometa na governação, tem sido em grande medida uma boa muleta para António Costa. Como Soares foi para Cavaco no seu primeiro mandato.

A ver vamos como corre o segundo. Será que ainda veremos Marcelo a defender o direito à indignação ;) ?

Eu votarei Gomes, não porque me identifique com todas as suas posições, longe disso, mas porque quero antes de tudo contribuir para dar uma ensaboadela ao facho...
Manuel Galvão disse…
O problema é que o PS já não é de esquerda, isto é, os militantes são oportunistas de direita, limitam-se a estar inscritos na Marca PS. Basta fazer as contas aos dois mandatos de Cavaco.

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