Alunos do Liceu da Guarda em excursão cultural da Mocidade Portuguesa (MP) – Crónica
Quando, neste mês de setembro de 2022, vi o programa da ida a Mangualde, em 28 de maio de 1958 (?), o ano está omisso, que o Alexandre Lourenço Marques conservou, com os nomes dos artistas de Teatro, Variedades e Serenata Monumental, todos então condiscípulos e amigos, provocou-me uma explosão de recordações e sentimentos. Estávamos a terminar o ano XXXII da Revolução Nacional, eufemismo que a ditadura dava ao golpe militar que nos condenou a 48 anos de fascismo. O liceu só tinha verba para uma semana de aquecimento onde as temperaturas negativas duravam meses, mas havia uns dinheiritos para os meninos da Mocidade viajarem em patriótica propaganda do regime. Assomam tantas e tão variadas memórias que é difícil dar coerência à narração e deixar escorreita a prosa sobre recordações tantas décadas escondidas. Se o dia 28 de maio foi infausto, em Mangualde, para dezenas de adolescentes, como o fora em 1926 para todo o País, de forma bem mais grave, já o dia anterior não tinha sido ausp