Arancus ou caga-lumes

As vuvuzelas avençadas, inquietas com a maioria absoluta do PS, ansiosas do regresso da direita, agora em concubinato com a extrema-direita, à AR e ao Governo, parecem pirilampos tontos a debitar inanidades à volta dos holofotes das televisões.

Privados de projeto, produzem ruído; à míngua de imaginação, ocupam espaço; à falta de razão, tartamudeiam e, do que dizem, não fica mais do que a luz fosforescente de insetos que voam em torno da oposição de direita como arancus em noites cálidas de verão.

Ouvem-se quotidianamente vários desses insetos coleópteros, a trocarem a luz por sons titubeados, num difícil equilíbrio entre o ridículo e a necessidade de mostrarem serviço.

Quando a direita chega a este estado, não descobre águias que voem nas alturas, tem de contentar-se com quem rasteje por avença sem voar mais alto do que os crocodilos.

Há quem esqueça a orquestração desvairada urdida contra Guterres, na comunicação social e meandros dos poderes factuais, quando o PS, com número de deputados igual ao de todas as oposições, não tinha maioria para aprovar um OE e teve de recorrer ao queijo limiano.

Hoje, com o apoio do PR, que já se assustou por falta de alternativa, os casos e casinhos continuam a surgir para queimar o Governo em lume brando, para o que contribuem os erros de casting onde sobra a ambição e falta a dignidade.

Que raio de país é este onde a responsabilidade individual não existe e a culpa é sempre do líder do Governo?


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