M. – O PR (5) O AGITPROP DA DIREITA
Ontem, dia 26, na SIC-N, das 11H00 às 13H00, M., Montenegro, sindicatos e Zelenski estiveram em palco durante duas horas, enquanto eu recordava a História recente de Portugal.
Em 2002, a central de intoxicação da direita, com a
viabilização do OE pelo deputado do CDS, de Ponte de Lima, “queijo limiano”,
não tendo a maioria, nem com deputados do PCP e BE, fizeram tal ruido que Guterres,
para evitar o pântano, teve de demitir-se.
Antes, por coincidência, tinham sido anunciados sucessivamente
como arguidos alguns secretários de Estado seus, o que precipitou a demissão do
ora secretário-geral da ONU. Não me recordo de que tenham sido acusados e
julgados os alegados prevaricadores.
Em 2007, a tentativa de desacreditar Ferro Rodrigues e de
permitir a vitória da Direita levou a uma campanha na opinião pública de
assassinato do caráter do líder do PS.
Por coincidência, o Ministério Público acusou um ex-ministro
estrela, Paulo Pedroso, de pedofilia, e o próprio juiz de instrução foi ao
Parlamento, acompanhado de câmaras da televisão prender em direto o deputado. Paulo
Pedroso não viria sequer a ser acusado.
Em 2015, quando António Costa formou Governo, por
coincidência, foram constituídos arguidos vários secretários de Estado por
terem ido com, entre outros, Luís Montenegro e Hugo Costa, a Sevilha, ao jogo da
seleção nacional, a convite da Galp. O ministro das Finanças foi investigado,
por coincidência, por ter solicitado lugar para ele e filho no camarote do
presidente do clube para um jogo de futebol. M. ameaçou ficar atento ao
ministro, no futuro, “deixando” que se mantivesse no cargo, como se dependesse
dele.
Na posse do Governo maioritário do PS, M. ameaçou o PM de
que, se acaso saísse para um cargo europeu ou outro, dissolveria a AR. Só
Cavaco, de forma mais tosca, ousara na apresentação de cumprimentos do Governo,
no último Natal que passou em Belém, ultrapassá-lo na brutalidade da hostilidade,
dizendo que a cerimónia de cumprimentos “é uma boa tradição, que deve manter-se,
mesmo com este Governo”, PS com apoio parlamentar do PCP e BE.
Agora, por coincidência, estão a ser constituídos arguidos
ou a ser investigados pela PJ vários membros do Governo. O ‘homicida’ Cabrita,
já se demitiu há muito.
M. soube, antes do Correio da Manhã, que o presidente da CEP,
Conferência Episcopal Portuguesa, estava a ser investigado por encobrimento de
crimes de pedofilia, tendo-o alertado para a investigação, em segredo de Justiça,
sem explicar como soube.
Agora, que se aproximam as XXXV Jornadas Mundiais da
Juventude católica, depois de ter estado no Panamá nas XXXIV, M. percebe que o
seu protegido Moedas fizesse a despesa de mais de cinco milhões de euros,
estando em causa, não tanto os gastos, mas o ajuste direto, por não ter passado
pela Assembleia Municipal. A legalidade é quando M. quer.
Há, em M. e nas coincidências do MP, ou do SMMP (?), a
nebulosidade, que não prima pela transparência.
«No creo en brujas, pero que las hay, las hay», e começo a duvidar das coincidências, quando se juntam a M., sindicatos espontâneos, media, bastonários, CAP, forças vivas e forças tóxicas, num frenesim que leva Montenegro a julgar-se preparado para PM.
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