Resposta de Oscar Mascarenhas
Caro Oscar:
Esta patifaria anda aí na NET há muito tempo.
Reenvio-a ao presidente do Conselho deontológico do SJ.
É a quarta ou quinta vez que a recebo.
Carlos
RESPOSTA:
Caro Amigo:
Desde Dezembro do ano passado que sou ex-presidente do Conselho Deontológico.
Já tinha tomado conhecimento desse texto. Não discuto a crítica que o autor entende fazer sobre as nossas «regalias». Tem é uma inverdade e uma omissão.
A inverdade é que a Maria Antónia Palla, sendo mãe do ministro António Costa, já é presidente da Caixa dos Jornalistas desde os tempos de Guterres, tendo sido confirmada no lugar pelo Governo Barroso/Santana e ela nada tem a ver com as nossas «regalias»: pelo contrário, chateava-me a Comissão da Carteira e o Sindicato (eu estava nos dois) para não facilitarmos a passagem de carteiras a jovens candidatos à profissão, porque ela não teria depois dinheiro para pagar as nossas «regalias». Como não sou corporativista, nunca permiti apertos despropositados à entrada da profissão para salvaguarda do bolo dos que cá estão: e eu já sou o número duzentos e poucos de sete mil e muitos...
As nossas «regalias» vêm de antes do 25 de Abril e, nesse tempo, a Caixa pagava em menos de oito dias a comparticipação nas nossas despesas médicas e tratamentos: hoje demora oito meses e o processo burocrático é igual ao dos restantes beneficiários. As nossas «regalias» advinham da capitalização obrigatória de 1 por cento das receitas de publicidade dos jornais. Os grandes beneméritos dos jornalistas Carlos Barbosa (ex-Correio da Manhã, hoje presidente do ACP) e Pinto Balsemão conseguiram acabar com esse desconto de 1 por cento. O capital acumulado foi transferido, após referendo postal a todos os jornalistas, para a Casa da Imprensa, uma segunda Caixa de Previdência dos Jornalistas (a que pagamos quotas de três contos mensais para além do desconto obrigatório para a outra Caixa) e é ela que se encarrega de nos proporcionar um subsistema.
É verdade que temos estes privilégios. Estas são as razões históricas e materiais. Se o meu querido povo, através dos seus representantes eleitos, os desejar retirar-nos, faça-se a sua vontade. Mas não com omissões e inverdades e, especialmente, com o sarro da inveja mesquinha na boca.
Um abraço e viva a liberdade!
Oscar Mascarenhas
Esta patifaria anda aí na NET há muito tempo.
Reenvio-a ao presidente do Conselho deontológico do SJ.
É a quarta ou quinta vez que a recebo.
Carlos
RESPOSTA:
Caro Amigo:
Desde Dezembro do ano passado que sou ex-presidente do Conselho Deontológico.
Já tinha tomado conhecimento desse texto. Não discuto a crítica que o autor entende fazer sobre as nossas «regalias». Tem é uma inverdade e uma omissão.
A inverdade é que a Maria Antónia Palla, sendo mãe do ministro António Costa, já é presidente da Caixa dos Jornalistas desde os tempos de Guterres, tendo sido confirmada no lugar pelo Governo Barroso/Santana e ela nada tem a ver com as nossas «regalias»: pelo contrário, chateava-me a Comissão da Carteira e o Sindicato (eu estava nos dois) para não facilitarmos a passagem de carteiras a jovens candidatos à profissão, porque ela não teria depois dinheiro para pagar as nossas «regalias». Como não sou corporativista, nunca permiti apertos despropositados à entrada da profissão para salvaguarda do bolo dos que cá estão: e eu já sou o número duzentos e poucos de sete mil e muitos...
As nossas «regalias» vêm de antes do 25 de Abril e, nesse tempo, a Caixa pagava em menos de oito dias a comparticipação nas nossas despesas médicas e tratamentos: hoje demora oito meses e o processo burocrático é igual ao dos restantes beneficiários. As nossas «regalias» advinham da capitalização obrigatória de 1 por cento das receitas de publicidade dos jornais. Os grandes beneméritos dos jornalistas Carlos Barbosa (ex-Correio da Manhã, hoje presidente do ACP) e Pinto Balsemão conseguiram acabar com esse desconto de 1 por cento. O capital acumulado foi transferido, após referendo postal a todos os jornalistas, para a Casa da Imprensa, uma segunda Caixa de Previdência dos Jornalistas (a que pagamos quotas de três contos mensais para além do desconto obrigatório para a outra Caixa) e é ela que se encarrega de nos proporcionar um subsistema.
É verdade que temos estes privilégios. Estas são as razões históricas e materiais. Se o meu querido povo, através dos seus representantes eleitos, os desejar retirar-nos, faça-se a sua vontade. Mas não com omissões e inverdades e, especialmente, com o sarro da inveja mesquinha na boca.
Um abraço e viva a liberdade!
Oscar Mascarenhas
Comentários
Ainda a propósito do 4º poder, gostaria de relatar o seguinte:
Em finais de Outubro (julgo que 26/10) li no Expresso-on-line um artigo de José António Lima sobre a pressa da tomada de posse da maioria dos autarcas para não perderem os privilégios por via da entrada em vigor de novo decreto-lei. Dias depois, vi também no Expreso-on-line um esclarecimento da Assembleia da Repúlica, assinado pelo deputado Osvaldo Castro, Presidente da Comissão de Direitos, Liberdades e Garantias.
Costumo guardar este tipo de notícias mas como desta vez não o fiz, ontem fui pesquisar no Expresso-on-line e encontrei de facto o artigo de José António Lima. Mas não consegui encontrar o esclarecimento/desmentido da AR, como pretendia.
E isto porque também tenho visto em vários blogues a "notícia" mas não o desmentido. E como não o tenho, não o posso deixar em comentário.
Não seria lógico que, ao fazer-se pesquisa dum artigo, aparecesse também a respectiva correcção/esclarecimento/desmentidose o houver, claro ?