Ainda a prostituição

Picasso
Hoje, no Diário as Beiras, Gonçalo Capitão aborda o problema da prostituição. Fá-lo com a convicção de que não é ignorando o problema que ele se resolve.

Além de alguma dose de humor, revela sensatez, genuína preocupação social e, como é hábito, uma independência de espírito e inteligência que surpreenderá quem o saiba a militar no PSD, há muitos anos, e não acompanhe a sua intervenção cívica.

As preocupações de Gonçalo Capitão são as mesmas já aqui manifestadas no «Ponte Europa».

Infelizmente a beata hipocrisia continuará a ignorar o flagelo e perdem-se os benefícios da regulamentação, referidos no Ponte Europa em 11 de Novembro:

- maior controlo sanitário;
- melhor protecção às vítimas;
- mais eficaz combate ao proxenetismo;
- redução do risco de violência, violação e maus tratos.

Comentários

Anónimo disse…
E porque não proibir a prostituição??? Esta medida teria todas as vantagens enumeradas e mais uma...acabaria com a indignidade da mulher prostituta, para o bem dela entenda-se! Por outro lado entendo que a questão sanitária não é argumento pertinente porque não é possivel colocar um médico á porta de cada casa a fazer exames e análises após cada acto sexual. Parece-me também que na base da procura, por parte dos homens, deste tipo de "serviço", estão valores pouco coadunantes com a moralidade e que não se deviam fomentar.
Anónimo disse…
Caro anónimo:

Gostaria que a sua sugestão fosse eficaz e não uma utopia.

Diga-me onde, em que país, em que parte do mundo, a prostituição foi debelada.

Claro que o ideal é que se possa amar, não que se pague para fazer amor.
Anónimo disse…
Carlos Esperança:

Quer isso dizer que quem faz amor não ama? Ou que ama, apesar de pagar?
Anónimo disse…
Quer dizer que não ama quem faz amor pagando.
Apenas se alivia.

É ese o meu entendimento.
Anónimo disse…
O assassinio, a violação, a corrupção, o roubo, etc...., nada disto será alguma vez debelado.
- Dever-se-ia então legalizá-los? Claro que todos diremos que não?
- E isto não é uma incoerência?
Claro que todos diremos que não se pode comparar a prostituição a tão hediondos crimes, porque afinal a prostituta não é assassinada, violada, corrompida ou roubada, apenas cede os seus serviços de livre vontade (e estou a só a falar destes casos) a troco de dinheiro.
Todavia, penso que é nesta "livre vontade" que está o problema. Diremos que nós também não temos vontade de trabalhar, mas que o fazemos porque tem de ser, temos familia para sutentar, etc. Mas o trabalho de uma prostituta ofende a sua dignidade, incomparavelmente mais do que ofendia a agrura do trabalho operário na época da revolução industrial, impensável á luz da civilização de hoje! Há que proteger a mulher e não é legalizando a prostituição que se vai consegui-lo!
Anónimo disse…
Parecem-me excessivas as comparações e desadequada a argumentação.

A prostituição não é crime, ao contrário dos outros exemplos. Não é pela repugnância que a actividade mereça que o ou a prostituto/a devam ser presos.

A prostituição é uma actividade que, não sendo crime, está no centro de uma teia criminosa: o proxenetismo, o cárcere privado, violação, maus tratos, etc.

Eu opto pelo mal menor, sem ter uma posição definitiva e radical.
Anónimo disse…
Mantenho na integra a opinião que dei quando o assunto foi aflorado pela primeira vez, e acho mesmo que seria a melhor solução.
Anónimo disse…
Lembro-me do que acontecia no «Estado Novo» depois de ter sido proibida no princípio da década de 60.

Prendiam-se as mulheres por vadiagem e eram vítimas de violações, chantagem e extorsão pelos próprios polícias, para não falar no proxeneta privativo.

É a essa situação que voltaríamos.
Anónimo disse…
E prendiam-se os homens que procurassem as prostitutas.
Anónimo disse…
as relações entre a sexualidade e o amor continuam sendo equivocas, quiçã de contornos moralizantes.Mesmo os bem-casados têem por vezes necessidade de dar o seu escape .Porque será?
Anónimo disse…
O anónimo das 5.44 está a ver mal o problema. Se a prostituição tivesse sido proibida há alguns anos atraz o dito anónimo não tinha nascido........
Anónimo disse…
O Carlos Esperança tem razão!!!!
Vejo-o frequentemente aos sábados à noite a frequentar a Avenid Fernão de Magalhães....
Boa amigo, defende as "nossas" meninas... tu e eu precisamos delas
Anónimo disse…
Anónimo das 12:08 AM:

Essa afirmação é uma canalhice sem consequências.

A minha vida é tão transparente que uma cobarde mentira sob anonimato não tem a mínima importância.

Mas não devemos deixar de execrar a mentira ou, com o silêncio, deixar instalar a dúvida em quem nos não conhece.

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