Vaticano - Um Papa obsoleto

CIDADE DO VATICANO — O Vaticano defendeu nesta quinta-feira o celibato dos padres, apesar das críticas à abstinência sexual feitas por teólogos e analistas, que citam esse comportamento como uma das causas da pedofilia após os recentes casos denunciados na Alemanha, Irlanda, Áustria e Holanda.

Nota: A idade e múnus tornaram casto o Papa.

Comentários

MFerrer disse…
Oh Carlos Esperança,
Mas vc quer mesmo reformar a ICAR?
Deixe-se disso!
Eles que se amanhem. O que devemos é pedir, é exigir que a força da lei lhes entre pela porta dentro,sempre que se organizem am mafias. Sejam financeiras, políticas, de corrupção, de tráfico de armas e de pedofilia.
Isto sim deve constituir uma preocupação. Agora se eles se casam ou não, é lá com a agremiação a que pertencem!
Cumps.
e-pá! disse…
Christoph Schönborn, arcebispo de Viena, atacou - num artigo publicado numa revista da sua diocese - este tabu admitindo que o celibato clerical é uma das causas da endemia pedófila que corrói o Vaticano. Apelou, ainda, para que a Igreja seja capaz de fazer "uma análise corajosa" sobre as causas deste tentacular escândalo e admite mesmo a possibilidade de o celibato ser uma delas. Considera igualmente necessário fazer-se uma análise sobre a formação dos padres e o desenvolvimento da sua personalidade…

A meu ver – e sem pretensões de querer “reformar a Igreja” - a persistência do celibato, no seio dos clérigos da ICAR, associada à exclusão das mulheres do múnus religioso são, actualmente, sérios empecilhos à sua sobrevivência.
Como diz o post trata-se de uma "coisa" obsoleta, corporizada por um papa, de igual modo, prisioneiro de uma degradante e decadente obsolescência.

No passado, a pedofilia no seio da Igreja era, pura e simplesmente, ocultada.
Actualmente, a Humanidade não perdoa tais práticas e, cada vez mais, esses nefastos e criminosos clérigos estão a ser confrontados com a pública prestação de contas em tribunais civis, perante a humilhação da hierarquia religiosa, muitas vezes comprometida com os ancestrais métodos de "ocultação".
A incriminação de todos os cúmplices, qualquer que seja o seu grau hierárquico, será o passo qualitativo para a ICAR tomar consciência de tão nefandos crimes.
Até lá o Vaticano tenta contentar o Mundo com as "lágrimas de crocodilo" que, piedosamente, vai derramando... para cada novo caso que se torna conhecido.

Hoje, em consonância com a evolução do Mundo, tais "encobrimentos" não são mais possíveis e, irremediavelmente, afectarão a idoneidade e a continuidade das pretensões hegemónicas do Vaticano, num latente conflito religioso que, Bento XVI, em múltiplas e, por vezes, desastradas intervenções públicas, não se inibe de alimentar e exacerbar…

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