JORNADAS PARLAMENTRES DO PSD: Ah! São verdes…
Ontem, nas jornadas parlamentares do PSD, no Fundão, o líder da bancada parlamentar, Luís Montenegro, anunciou que o seu partido não apresentaria, na presente legislatura, quaisquer propostas de revisão constitucional. link
Logo a seguir, o mesmo deputado, levantou a lebre da inscrição na constituição dos limites ao défice e ao endividamento, tarefa que o líder do seu partido em recente visita a Berlim, de modo unilateral e subserviente, assumiu um público compromisso, sob a presença tutelar da Srª. Merkel.
Este ziguezaguear táctico mostra à saciedade como o PSD encara, no Governo, as grandes linhas de actuação política que definiu enquanto oposição e durante a campanha eleitoral. Mostra, também, o modelo de coerência funcional deste partido.
No início dessas mesmas jornadas parlamentares, surgiu Miguel Relvas, arvorado em herdeiro político de Sá Carneiro, a enunciar uma profunda reforma do Poder Local (tarefa para a qual necessita, também, de rever a Constituição!). link
Sejamos claros: o PSD quer rever a Constituição! Não o consegue fazer porque não reune à volta dos seus projectos (ultra-liberais) alargados consensos. O seu projecto de revisão, anunciado publicamente em 2010 link, não é – como foi repetidamente afirmado - uma proposta “neutra” (até porque isso não existe em política), mas tão simplesmente uma escamoteada revisão da constitucional com marcada carga ideológica (neo-liberal).
O PSD não pretende, como publicamente tem afirmado, retirar a “carga ideológica” da Constituição saída do novo regime instaurado em 25 de Abril. Pretende, isso sim, alterá-la e adulterá-la.
No presente momento, perante as evidentes dificuldades políticas, o PSD prefere representar a fábula da raposa e as uvas. "Ah! São (ou estão?) verdes"…
Logo a seguir, o mesmo deputado, levantou a lebre da inscrição na constituição dos limites ao défice e ao endividamento, tarefa que o líder do seu partido em recente visita a Berlim, de modo unilateral e subserviente, assumiu um público compromisso, sob a presença tutelar da Srª. Merkel.
Este ziguezaguear táctico mostra à saciedade como o PSD encara, no Governo, as grandes linhas de actuação política que definiu enquanto oposição e durante a campanha eleitoral. Mostra, também, o modelo de coerência funcional deste partido.
No início dessas mesmas jornadas parlamentares, surgiu Miguel Relvas, arvorado em herdeiro político de Sá Carneiro, a enunciar uma profunda reforma do Poder Local (tarefa para a qual necessita, também, de rever a Constituição!). link
Sejamos claros: o PSD quer rever a Constituição! Não o consegue fazer porque não reune à volta dos seus projectos (ultra-liberais) alargados consensos. O seu projecto de revisão, anunciado publicamente em 2010 link, não é – como foi repetidamente afirmado - uma proposta “neutra” (até porque isso não existe em política), mas tão simplesmente uma escamoteada revisão da constitucional com marcada carga ideológica (neo-liberal).
O PSD não pretende, como publicamente tem afirmado, retirar a “carga ideológica” da Constituição saída do novo regime instaurado em 25 de Abril. Pretende, isso sim, alterá-la e adulterá-la.
No presente momento, perante as evidentes dificuldades políticas, o PSD prefere representar a fábula da raposa e as uvas. "Ah! São (ou estão?) verdes"…
Comentários