MADEIRA: a “vitória pírrica" de Alberto João Jardim…
O PSD/Madeira, (ainda) capitaneado por Alberto João Jardim (AJJ) venceu as eleições regionais. Na verdade, dadas as circunstâncias que envolveram este acto eleitoral (dívida oculta, obras “faraónicas”, não divulgação pré-eleitoral dos ajustes orçamentais, etc.), esta vitória era – de acordo com as sondagens - esperada, mas não desejada.
Foi relativamente fácil – para AJJ - capitalizar votos. Bastou arranjar um “inimigo externo" à Região. Para o efeito servia a República. E, depois, empolar como uma retórica demagógica um artificial diferendo República/Região, enquanto acintosamente prosseguia o ritmo alucinante das inaugurações, como se nada passasse.
Ontem, encerradas as urnas, profere um discurso patético. Começa por afirmar que o seu partido é a Madeira. Faz recordar o discurso hipócrita dos ultra-conservadores que, pretendendo afastar os cidadãos da actividade cívica, afirmam aos 4 ventos que: “a sua política é o trabalho”…
Logo de seguida rejeita “medidas discricionárias contra os madeirenses”, e “fidelidades partidocráticas” link , num claro distanciamento da realidade.
No futuro a Madeira será confrontada exactamente com a austeridade (como de resto o País já está submetido) e, ela será maior ou menor, consoante a capacidade negocial no seio da coligação que suporta o Governo, onde o seu partido é maioritário. De facto, a imensa dívida criada pelo GR na Madeira não é virtual. Só “para inglês ver” é que AJJ zurze as suas ineludíveis ligações partidárias. A Madeira é uma ilha mas não vive – nem conseguirá sobreviver - isolada do Mundo.
A reacção política de AJJ à “vitória” eleitoral tem, em primeiro lugar, contornos “esquizóides”. Os madeirenses sabem que ninguém, em Portugal, deseja sacrificá-los. Mas também sabem que ninguém abdicará de exigir aos madeirenses atitudes solidárias com as dificuldades do País e ninguém aceitará arcar com a dívida gigantesca da Madeira na ausência de um grande empenhamento dos ilhéus. Ontem, as eleições regionais, marcaram um encontro dos madeirenses com a realidade. Independentemente, dos desejos de Alberto João Jardim
Foi relativamente fácil – para AJJ - capitalizar votos. Bastou arranjar um “inimigo externo" à Região. Para o efeito servia a República. E, depois, empolar como uma retórica demagógica um artificial diferendo República/Região, enquanto acintosamente prosseguia o ritmo alucinante das inaugurações, como se nada passasse.
Ontem, encerradas as urnas, profere um discurso patético. Começa por afirmar que o seu partido é a Madeira. Faz recordar o discurso hipócrita dos ultra-conservadores que, pretendendo afastar os cidadãos da actividade cívica, afirmam aos 4 ventos que: “a sua política é o trabalho”…
Logo de seguida rejeita “medidas discricionárias contra os madeirenses”, e “fidelidades partidocráticas” link , num claro distanciamento da realidade.
No futuro a Madeira será confrontada exactamente com a austeridade (como de resto o País já está submetido) e, ela será maior ou menor, consoante a capacidade negocial no seio da coligação que suporta o Governo, onde o seu partido é maioritário. De facto, a imensa dívida criada pelo GR na Madeira não é virtual. Só “para inglês ver” é que AJJ zurze as suas ineludíveis ligações partidárias. A Madeira é uma ilha mas não vive – nem conseguirá sobreviver - isolada do Mundo.
A reacção política de AJJ à “vitória” eleitoral tem, em primeiro lugar, contornos “esquizóides”. Os madeirenses sabem que ninguém, em Portugal, deseja sacrificá-los. Mas também sabem que ninguém abdicará de exigir aos madeirenses atitudes solidárias com as dificuldades do País e ninguém aceitará arcar com a dívida gigantesca da Madeira na ausência de um grande empenhamento dos ilhéus. Ontem, as eleições regionais, marcaram um encontro dos madeirenses com a realidade. Independentemente, dos desejos de Alberto João Jardim
Iludir este facto, como tentou AJJ, é precipitar a fuga em frente. Só que o que está em frente – e os madeirenses sabem-no - é o precipício.
Esta foi a “vitória pírrica” de ontem. Que tudo leva a crer que a "jornada" de ontem encerra a sua carreira política. Como escreveu a escritora e jornalista madeirense Ângela Caires "Daqui em Diante Só Há Dragões".
(Nota: Dragões = a "Troika")
Esta foi a “vitória pírrica” de ontem. Que tudo leva a crer que a "jornada" de ontem encerra a sua carreira política. Como escreveu a escritora e jornalista madeirense Ângela Caires "Daqui em Diante Só Há Dragões".
Comentários
(87anos),embora a minha opinião pouco ou nada pese,todavia atrevo-me a dizer que acho um êrro o facto de existir uma Assembleia Legislativa na Madeira.Ora se a Madeira tal como os Açores são parte integrante da Nação Portuguesa,devem aceitar as Leis da Assembleia da Rèpública.Com a existência duma Assembleia Legislativa e de um «Govêrno» da Madeira,o Alberto João Jardim diz que Governa.No meu fraco entender,
acho que as Ilhas Adjacentes devem ser Regiões Administrativas e o Alberto ou outro serão Administradores Regionais que devem cumprir e fazer cumprir as Leis e a Constituição da Répública Portuguesa.
As regiões autonómicas fazem parte do ordenamento constitucional português. Pretendia-se com isso facilitar o desenvolvimento de regiões ultra-periféricas e com problemas decorrentes da insularidade.
O modo como Alberto João Jardim lidou com este estatuto autonómico, aproveitando para criar uma desmesurada dívida que enquanto pode manteve oculta irá, com certeza, comprometer (prejudicar) o futuro deste modelo.
Muitas vezes é assim. Os aparentes "campeões" de determinadas causas (a autonomia regional é um dos exemplos) acabam por ser os seus coveiros. Isto, porque em democracia a transaprência é indispensável...