Balanços, enigmas próximos ou para daqui a 1 ano…
"Vamos ter as prioridades para o próximo ano, para que daqui a um ano nos possam pedir responsabilidades", assegurou Passos Coelho (no balanço do primeiro ano do Executivo de coligação…) link
E os portugueses a julgarem que o Governo assumia (deveria assumir) responsabilidades diárias, ou a todo o momento do seu mandato.
Qual o misterioso significado de: ‘pedir responsabilidades daqui a 1 ano’ ?!
Será que tem a ver com o período de ‘auxílio externo’?
Não será certamente! O Governo pressurosamente envolto num chorrilho de lapsos - quando foi necessário estabelecer um horizonte temporal para repor os subsídios de Férias e Natal confiscados aos funcionários públicos, pensionistas e aposentados - estabeleceu que a ‘intervenção externa’ prolongar-se-ia até 2014 (daqui a 2 anos)… Enfim, mais um pormenor do balancete onde as parcelas não batem certo. Nada de novo nos habituais lapsos governamentais!
Ou ‘pedir responsabilidades daqui a 1 ano’ significa que a ‘maioria estável e coerente’ que suporta o XIX GC tem estimado esse ‘tempo de sobrevida’?
Existe uma outra hipótese. Segundo se pode depreender, apesar dos riscos políticos e orçamentais que o próprio Governo inventariou à volta da execução do actual ‘programa de ajustamento’, continuaremos a todo o vapor – e a arcar com todas as consequências – para que, no próximo ano, possamos ‘regressar aos mercados’. Faltou a frase do costume: ‘custe o que custar’.
Entretanto, no intuito de preparar terreno, círculos próximos da actual maioria começaram a levantar a questão (negando-a, como se impõe) à volta de uma suposta necessidade de 'novas' medidas de austeridade…
O balanço anual do actual Governo foi apresentado em tons 'laranja' e como uma ‘pílula dourada’. Saindo a ‘casquinha’ (ao que se pressupõe muito fina) ficará exposta a oculta substância (núcleo) activa(o): um ‘amargo falhanço’.
Pode nem demorar 1 ano…
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