Cavaco promulga Código do Trabalho e pede “estabilidade” para criação de emprego


O PR tinha uma grande dificuldade pela frente – estar à altura dos antecessores –, mas nada indicava que tivéssemos de recuar à ditadura para encontrar em Américo Tomás o presidente com quem o comparar, quando o facto de ter sido eleito democraticamente o distanciava da grotesca marionete de Salazar. A deficiente cultura e o aparente desapego à Constituição da República deixá-lo-ão na História pelas piores razões.

O discurso da reeleição revelou um rancor cuja dimensão se lhe desconhecia e o ódio ao anterior primeiro-ministro um tamanho que julgávamos ausente de quem ocupa funções, ao mais alto grau, no aparelho de Estado.

Não ter explicado a sua relação com a SLN, não ter esclarecido a questão das escutas e não se dar ao trabalho de explicar aquela ficha da Pide, ortográfica e eticamente pouco honrosa, ultrapassa as trapalhadas com a escritura e as mais valias do obscuro negócio da vivenda na praia da Coelha ou as lamúrias sobre o fim do seu vencimento quando o Governo proibiu a acumulação de pensões e salários.

Muitos portugueses têm ainda presente os esforços de Cavaco para colocar na liderança do PSD, em vez de Durão Barroso, o Dr. António Borges, que revelou na política uma incompetência igual à que o jornalista financeiro Marc Roche lhe atribui como razão para sair do Banco Goldman Sachs, o banco que oprime e persegue a União Europeia.

A misteriosa razão para ver o enigmático personagem na qualidade de ministro informal para as privatizações, isento de impostos e a acumular, sem pruridos éticos, a gloriosa avença do grupo Jerónimo Martins, causa grande desconfiança nas funções que exerce, na obscuridade, e provoca justa raiva nas declarações que faz, às escâncaras, de que é preciso reduzir ainda mais as remunerações aos trabalhadores. Mas é dele que Cavaco diz maravilhas!

Cavaco, que tantas vezes revelou falta de solidariedade institucional com o Governo e a Assembleia da República, com perda de compostura, no caso do estatuto dos Açores ou na ameaça de que não permitiria mais sacrifícios aos portugueses, quando era outro partido no Governo, promulgou mansamente, na última segunda-feira, as alterações ao Código do Trabalho, que liquidam os derradeiros direitos dos trabalhadores.

Depois dessa promulgação, avisou que não quer «mais mudanças nas leis laborais».

É preciso topete.
Ponte Europa / Sorumbático

Comentários

sou também contra reformas nacionais socialistas

nós somos um estado grego e corporativo...e mai nada

mudar? mudem o IRS para os 13% para ver se as falências param

esta maralha é só internet e pizza-hut

o gambrinus tem boa recepção de signal ó senhô dottore engenheiro do partei?

o ponte eurropa é o novo signal da interneta?

a pró pagando do partei é só anti-cavaquista laica e ré pubicana?

ou volta-se contra os lobos da casa em tempo de con celhias?
e-pá! disse…
"Depois dessa promulgação, avisou que não quer «mais mudanças nas leis laborais»".
Como se diz em Coimbra: "agora Inês é morta"!
Ou mais popularucho: 'tarde piaste'...
promulgare, in latini brunetto y non grecque va dire mungere, far sprizzare fuori, la cui ethymologia è discussa et probabel mente épá subjectivá ma va forse affiancata a mulgere...

non mulgere as vaccas do con sul tório ou plutónio...que agora dá ....é mesmo dá o quê?

só dá erradicação da função em pro fessore in medicus dá nan né?

já propugnare épá es lo que haces e far circolare una formulazione teorica muy poverina, una dottrina verso el partei tudesco-pidesco, un credo como ill du vá-te in cano, un ideale all dente ou outro simili similibus tra il pubbico.....

és barbeiro de tratamento à base de arsénico e mercúrio das moléstias venéreas

nã explicava tudo, ma prosit...
explicava muite...
o diploma veio com aval do partei gay?
como se dix in cu in bra: quantum satis

uma drachma de cantárida cura isso...

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