28 de maio de 1926
Há 94 anos teve lugar o golpe de Estado de que viriam a apropriar-se as pessoas erradas para a mais longa ditadura europeia.
O integralismo lusitano, o nacional-sindicalismo e a Cruzada Nun’Álvares tinham feito o caminho para que o nacional-catolicismo se transformasse no fascismo paroquial de Salazar, um professor da Universidade de Coimbra, sem mundo e sem visão de futuro.
Salazar foi o protagonista da longa ditadura que adiou Portugal. Ficou “orgulhosamente só” a liderar o país onde o analfabetismo, a mortalidade infantil, a tuberculose e a fome foram a imagem do regime, para acabar na tragédia da guerra colonial.
Salazar saiu da aldeia do Vimieiro para o seminário de Viseu e, daí, para a Universidade de Coimbra onde dirigiu a madraça do CADC que havia de fornecer-lhe os quadros para a repressão que o manteve no poder. Não recebeu a tonsura no seminário, mas fez do País uma sacristia.
Demonizou a política e proscreveu os partidos políticos disfarçado de não-político, e foi um dos responsáveis pela fundação do Partido Centro Católico (1921).
A censura, a Pide, a tortura, as prisões, o degredo e o medo, aquele medo que ainda hoje habita muitos portugueses, permitiram-lhe sobreviver ao apoio dado ao maior genocida ibérico, Francisco Franco, e à conhecida simpatia por Benito Mussolini, cuja foto exibia na sua secretária de trabalho, depois da derrota do nazi-fascismo em 1945.
O chefe incontestado do período mais negro do séc. XX anda há muito a ser branqueado por neofascistas que querem fazer esquecer a PIDE, essa bárbara e criminosa associação de malfeitores em cujos calabouços sofreram torturas, humilhações e a morte inúmeros democratas, na maior das impunidades, com a fria complacência do ditador e o silêncio cúmplice do cardeal Cerejeira.
Portugal foi um cárcere às ordens do biltre fascista, infestado de cúmplices e crápulas.
Quando esquecermos os massacres coloniais, a censura, as prisões sem culpa formada, a guerra colonial, os assassinatos, a Pide, os exílios, as torturas, os campos do Tarrafal e de São Nicolau, as masmorras de Peniche, Caxias e Aljube, os Tribunais Plenários, os bufos e rebufos e toda a violência fascista, não nos aperceberemos do regresso ao fascismo.
Por isso, todos os anos recordo o 28 de maio, o princípio do fim da democracia e o início da tenebrosa ditadura.
O integralismo lusitano, o nacional-sindicalismo e a Cruzada Nun’Álvares tinham feito o caminho para que o nacional-catolicismo se transformasse no fascismo paroquial de Salazar, um professor da Universidade de Coimbra, sem mundo e sem visão de futuro.
Salazar foi o protagonista da longa ditadura que adiou Portugal. Ficou “orgulhosamente só” a liderar o país onde o analfabetismo, a mortalidade infantil, a tuberculose e a fome foram a imagem do regime, para acabar na tragédia da guerra colonial.
Salazar saiu da aldeia do Vimieiro para o seminário de Viseu e, daí, para a Universidade de Coimbra onde dirigiu a madraça do CADC que havia de fornecer-lhe os quadros para a repressão que o manteve no poder. Não recebeu a tonsura no seminário, mas fez do País uma sacristia.
Demonizou a política e proscreveu os partidos políticos disfarçado de não-político, e foi um dos responsáveis pela fundação do Partido Centro Católico (1921).
A censura, a Pide, a tortura, as prisões, o degredo e o medo, aquele medo que ainda hoje habita muitos portugueses, permitiram-lhe sobreviver ao apoio dado ao maior genocida ibérico, Francisco Franco, e à conhecida simpatia por Benito Mussolini, cuja foto exibia na sua secretária de trabalho, depois da derrota do nazi-fascismo em 1945.
O chefe incontestado do período mais negro do séc. XX anda há muito a ser branqueado por neofascistas que querem fazer esquecer a PIDE, essa bárbara e criminosa associação de malfeitores em cujos calabouços sofreram torturas, humilhações e a morte inúmeros democratas, na maior das impunidades, com a fria complacência do ditador e o silêncio cúmplice do cardeal Cerejeira.
Portugal foi um cárcere às ordens do biltre fascista, infestado de cúmplices e crápulas.
Quando esquecermos os massacres coloniais, a censura, as prisões sem culpa formada, a guerra colonial, os assassinatos, a Pide, os exílios, as torturas, os campos do Tarrafal e de São Nicolau, as masmorras de Peniche, Caxias e Aljube, os Tribunais Plenários, os bufos e rebufos e toda a violência fascista, não nos aperceberemos do regresso ao fascismo.
Por isso, todos os anos recordo o 28 de maio, o princípio do fim da democracia e o início da tenebrosa ditadura.
Comentários
Mas nesta morte se tornou patente o medo que a luta dos opositores incutia no biltre de Santa Comba, assim como o seu desrespeito pela vontade popular. Sinto um particular regozijo em saber que foi o Porto que deu ao General sem Medo a maior das recepções...
...E, contudo, Jaime, não encontraremos aí os tais "democratas" a que se refere no post abaixo sobre o Planeta…
João Pedro