Zmar – o empreendimento turístico da ofensiva do bastonário dos proprietários
Ontem, depois de ter editado um pequeno texto sobre a requisição do empreendimento turístico falido, Zmar, temi que fossem verdadeiros os comentários de quem referia que os moradores veriam os seus apartamentos invadidos por imigrantes infetados, e seriam obrigados a sair. Refiro-me ao mesmo texto também publicado na minha página do Faceboock.
Aliás, defendi a legitimidade do advogado que administra a
falência do empreendimento para defender os interesses que lhe confiaram.
Quando um provocador habitual deste espaço, rude na
linguagem, fez este comentário, «Eu cá gramava que o Carlos Esperança e os
esquerdalhos inteligentes aficcionados dos direitos humanos cá do mural vissem
as suas residências requisitadas e fossem postos na rua para alojar imigrantes,
doentes covid ou sem abrigo». Embora não lhe respondesse, temi que tivesse
razão, pensando que um advogado pode ser descortês, mas não mente.
Afinal, tal como eu pensava, nunca esteve em causa a
ocupação de residentes, apenas a “capacidade que não tem a ver com as
estruturas que estão ocupadas por pessoas com direito de permanência”, como
afirmou hoje o MAI.
Isto muda completamente a eventual razão do bastonário da OA,
ao invocar os «direitos humanos» para imóveis e a esquecer os de pessoas em calamidade,
infetadas por Covid-19. Afinal, ao administrador de falências juntou-se o
presidente da Associação Lisbonense de Proprietários, militante do PSD, sob o
pseudónimo de bastonário da AO.
Uns de boa fé, outros por maldade ou militância política, os
comentadores confundiram a requisição temporária de imóveis desocupados de uma
empresa falida com usurpação estatal de habitações de famílias.
Para esse peditório, não dou. Eu posso enganar-me, mas não
minto. Reitero o que ontem escrevi.
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https://derterrorist.blogs.sapo.pt/covid-19-direita-do-tugao-e-propriedade-4543124