COVID-19 e os média

A pandemia tem revelado o melhor e o pior dos média, normalmente o pior, porque as intervenções da ministra e da diretora-geral de Saúde e as do almirante Gouveia e Melo e do dr. Silva Graça, ponderadas, didáticas e a revelarem excelentes comunicadores, não se devem a jornalistas.

Há ainda quem se lembre da procura histérica do primeiro português infetado nos mares do Japão, a trabalhar a bordo de um qualquer navio estrangeiro, da angústia coletiva das televisões que o queriam contactar, do aproveitamento da primeira vítima portuguesa contaminada para abrir telejornais e ser notícia de primeira página.

Ressoam ainda as palavras entusiásticas de José Rodrigues dos Santos a gritar eufórico, na RTP-1, Portugal foi de novo o pior do mundo, no período mais dramático do país, independentemente de ter sido dos que melhor geriu a pandemia.

Enquanto não vêm os incêndios e as críticas ao Governo pelo inefável incendiário Marta Soares, pelos presidentes de Junta e todos os especialistas de sofá, onde não faltará o PR a responsabilizar o MAI, as televisões abrem com a mutação nepalesa à espera ansiosa da variante da Malveira ou de Cebolais.

Enquanto houver jornalistas que, em vez de notícias, transmitem estados de alma, não é serviço público que prestam, é alarmismo que semeiam ou propaganda que servem.

Comentários

egr disse…
De acordo, em especial no que se refere a RTP, e a esse pesadelo chamado José Rodrigues dos Santos
Monteiro disse…
Desde que novos ricos optaram por investir na comunicação social não sei a que propósito porque aquilo segundo consta só dá prejuizo que os jornalistas da RTP ficaram mais eufóricos. Será que o Nicolau Santos vai inculcar algum juizo naquela organização nacional que todos os consumidores de electricidade pagam cerca de 200 milhões de Euros nos termos da Contribuição para o Audiovisual (CAV) que se destina a financiar o serviço público de radiodifusão e de televisão, sendo entregue à Autoridade Tributária e Aduaneira que posteriormente a entregará à Rádio e Televisão de Portugal, S. A.. Esta contribuição tem um valor mensal de 2,85 € + IVA (6%). O valor mensal da contribuição é reduzido para 1 € + IVA (6%) para os clientes economicamente vulneráveis. Estão isentos de pagamento os clientes com consumo anual inferior a 400 kWh ou com atividades exclusivamente agrícolas, felizes os pobres e os agrícultores

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