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A mostrar mensagens de julho, 2021
China – No centenário do Partido Comunista, Xi Jinping prometeu a invencibilidade do partido e da nação, reiterou o objetivo de incorporar Taiwan e desafiou os adversários a entrarem em colisão com “a muralha de aço de 1,4 mil milhões de pessoas”. Brasil – Meio milhão de mortos por covid-19 é o desastre que compromete o PR criado pela Operação Lava Jato e o transforma no rosto da tragédia, à espera da higiene política que o remova antes de terminar o mandato que envergonha o País. Porto – Na candidatura à Assembleia Municipal de Miguel Pereira Leite, nomeado pelo maior acionista da EDP, a China Three Gorges, para representar a fi lial portuguesa no conselho geral e de supervisão, não se acusou Rui Moreira de colaborar com o maoísmo chinês. Afeganistão – A rápida e devastadora ocupação do poder pelos talibãs, depois da saída dos EUA, alterou o país. O domínio tribal e teocrático esmaga os sinais de modernidade e subjuga as mulheres à sharia , enquanto os soldados afegãos fogem p

Eleições autárquicas

A reeleição de Fernando Medina para presidente da Câmara Municipal de Lisboa já tem o apoio de dois ex-presidentes da República, Ramalho Eanes e Jorge Sampaio. Falta-lhe ainda o apoio que mais votos lhe daria, o de Cavaco Silva a… Carlos Moedas.

Estado da Arte na política partidária e o veneno do PR na "Circulatura do Quadrado".

Quando a direita democrática anda à deriva no pântano do oportunismo, à espera de mudar de líderes, e a outra chafurda no esgoto que é o habitat natural, não se esquece Marcelo de denegrir o Governo, e o seu alter ego, Marques Mendes, de se esgotar no eco. Felizmente há luar, o Governo governa.

A toponímia, a História e outras histórias – Crónica

Percorria o cronista a Rua Direita, na vila de Almeida, rua que há gerações preserva o nome, quando, numa esquina, encontrou matéria para a crónica que há de surgir. Tantas vezes, em quase oito décadas de vida, calcorreou o arruamento que os pais, avós e o próprio só conheceram pelo nome de Rua Direita, assim a designam os residentes, que foi surpreendido com o nome em que, durante as últimas décadas, não reparou ou esquecera: “Rua dos combatentes mortos pela Pátria – Rua Direita”. É interessante que, à semelhança de muitas outras localidades, a Rua Direita, topónimo generalizado, seja sinuosa, as casas não foram construídas ao longo da rua, foi esta que surgiu ziguezagueante no espaço entre as casas. O cronista recordou então o autarca que, no rescaldo da guerra colonial, a crismou, sem abolir o nome de batismo, para homenagear, a pretexto dos jovens que aí morreram, o regime que lançou o País na guerra colonial. Quantas crónicas podiam escrever-se sobre o tema e quantas memór

AR – O PSD e o relatório da AR sobre o Novo Banco

À falta de um programa, de rumo e de decência, na ânsia de prejudicar o Governo, não se coíbe de votar com quem quer que seja, o que quer que for. No relatório sobre o Novo Banco reconheceu que “ a resolução [do BES], a criação do Novo Banco e as perdas que se registaram até hoje vêm dessa fraude política ”.  É uma conclusão justa que se saúda, e é a mais demolidora afronta ao governo Passos Coelho/ Maria Luís.

Na morte de Otelo

Costa não decretou luto nacional e Marcelo concordou. Sinto vergonha. O meu silêncio passaria despercebido, mas a consciência havia de pesar-me nos dias que ainda tiver. O penúltimo militar a ter direito a luto nacional foi Spínola, mas esse não comandou o 25 de Abril, foi o chefe do MDLP. Os heróis de Abril são demasiado grandes para precisarem da bandeira a meia haste, foram eles que içaram a bandeira da liberdade, e Otelo foi o comandante militar desses heróis.  Obrigado, Otelo.  Nunca tantos choraram tanto um só homem.

OTELO – Na morte de um herói

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Morreu o génio que planeou a mais bela de todas as madrugadas, o comandante militar da Revolução, o homem que converteu em realidade os sonhos dos portugueses. Ele foi, por mérito e circunstância, o imorredouro maestro da orquestra que tocou o hino da liberdade, o homem de grandeza imensa, na glória e na tristeza do idealismo que não se acalmou, e que deixou na mesa da Pátria. Na mais bela de todas as Revoluções o homem que havia de escrever o livro comovente “Alvorada em Abril”, não vacilou. É esse o dia que conta na saudade que ora sentimos. Pôde, num só dia, resgatar todas as noites e o homem assumir as complexas operações que nos conduziram à liberdade. Podem os oportunistas dizer que é cedo para julgar um herói desta dimensão, como se os heróis não tivessem zonas claras e escuras, grandezas e misérias, e fosse legítimo beliscar a memória de quem escreveu em um só dia a obra de uma vida. Obrigado, Otelo.

PSD – A diabolização da Maçonaria com o Opus Dei a disfarçar

A reboque de uma proposta do PAN, o PSD, talvez por lutas internas, veio defender que todas as associações deveriam ser declaradas, dado que as leis devem ser gerais e abstratas, evitando a discriminação de entidades. Não sei se pensou nos sindicatos judiciais, certamente mais influenciadores da conduta dos seus membros do que as associações visadas, Maçonaria e Opus Dei, ou em outras, desde as associações de diabéticos, alcoólicos anónimos e jogadores de xadrez a sócios de clubes desportivos, associações de bombeiros e tantas outras. Quem conheceu a ditadura, onde o Opus Dei era legal e a Maçonaria proibida, sabe que é o ataque à liberdade e ao livre-pensamento que, ao arrepio da CRP, procura cobertura legal. Aliás, o nazismo tinha nos judeus e maçons inimigos de estimação. O PSD conhece bem as perseguições a que alguns maçons, que lhe deram credibilidade, foram sujeitos. Nem o nome honrado do seu ex-presidente Emídio Guerreiro demoveu o partido de se juntar aos inimigos da libe

Alberto João Jardim (AJJ) e o Presidente da República

O velho sátrapa madeirense, um salazarista que nunca se converteu à democracia, e que procurou limitá-la no espaço onde ficou à solta na excessiva autonomia, continua, após a saída de cena, a ser um boçal sem freio. Querendo o PR honrá-lo, a pretexto de um prémio atribuído ao ex-autarca, manifestou a intenção de ser ele próprio a entregar-lho na deslocação para assinalar o 45.º aniversário da Assembleia Regional. Surpreendentemente, já com o PR na Madeira, AJJ alegou estar de férias, e a cerimónia teve de ser adiada. Nunca um PR foi humilhado no espaço nacional de forma tão soez, nem uma afronta de tal dimensão mereceu tanto silêncio. As televisões não convocaram os comentadores do costume, os psicólogos não foram chamados a diagnosticar os sintomas do primata, e os média, habituados a condenar o ofendido e a ignorar a ofensa, pouparam o PR e optaram por desvalorizar o incidente. Ao dar um coice a Marcelo, o execrável cidadão não o ofendeu, quem se avilta é o agressor e não a v

Paulo Rangel – O algoz tornou-se vítima

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Muitos portugueses souberam do vídeo divulgado sobre o eurodeputado Paulo Rangel através do próprio. É uma cena de um homem bêbedo em sucessivos ziguezagues numa rua deserta, demasiado estreita, para cambalear à vontade. Não me merece qualquer reprovação. Quem nunca se embebedou que atire o primeiro copo. Duvido mais dos que nunca cometeram um exagero ou transgressão do que dos santos, e não restem dúvidas de que foi cobarde e pusilânime quem o filmou e, alguns anos depois, o expôs à execração pública. O argumento mais canalha para justificar a divulgação de cenas privadas é a justificação de que tem interesse público tudo o que se relaciona com figuras públicas. É falso, e diz mais sobre o bufo do que sobre a vítima. Este caso é, aliás, inócuo para a reputação do político e não me parece que lhe retire votos em eleições. Pode provocar sorrisos, e não é mais ridículo do que tirar as catotas do nariz nas sessões do Parlamento Europeu. Dito isto, e subscrevendo o desabafo de Paul

COVID-19

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  Também na pandemia há quem pense assim.

RUI RIO e a sua contundente e certeira oposição

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O líder do PSD salientou que, em matéria de segurança interna, o Governo “vai pelo facilitismo e pela irresponsabilidade”, exemplificando com os desacatos em Reguengos de Monsaraz, como se prova no seu oportuno tweet . Rui Rio acusa o MAI, Eduardo Cabrita, o suspeito habitual mais à mão: “Assistimos em Reguengos de Monsaraz a uma cena de pancadaria perante a repleta [sic] passividade das autoridades. Não é assim que se constrói o futuro. Assim, constrói-se o caos”, afirmou Rui Rio a vários órgãos de comunicação, aproveitando para desafiar o PM a dar explicações. Rui Rio tem razão. É inaceitável que uma patrulha da GNR assista impávida a agressões e ao atropelamento de três indivíduos, verificados na última sexta-feira em Reguengos de Monsaraz. Pasma-se que os militares da GNR, perante flagrante delito, não tivessem detido o desvairado condutor. Ignora-se se o ministro comandava pessoalmente a patrulha, mas é de crer que se outro fosse o MAI, se os militares tivessem um Ângelo Cor

A FRASE

Eduardo Cabrita é “o grande abcesso político do Governo”. (Marques Mendes, o grande abcesso político do Conselho de Estado).

O PR e a Constituição

Esperava-se do PR uma defesa intransigente da Constituição, que jurou cumprir e fazer cumprir, e do constitucionalista Marcelo Rebelo de Sousa a capacidade de interpretar os atropelos a que a luta partidária pode conduzir. Não fora o respeito devido ao PR, o mínimo que podia dizer-se da sua decisão era que a leviandade e o populismo o tinham reduzido a catavento de afetos, indiferente à CRP e à estabilidade orçamental, sendo esta salvaguardada pela lei-travão que impede a AR de aumentar a despesa pública durante a execução do OE. Embora lamentável, porque desprezou a CRP, a coligação negativa de todos os partidos aprovou os apoios sociais que aumentavam despesas e abriam um grave precedente na previsibilidade e risco de segurança para o atual e futuros Orçamentos de Estado. Nem o respeito pela “separação de poderes” os coibiu, nomeadamente ao PSD, que ambiciona um dia voltar ao poder, de votarem uma lei tão claramente inconstitucional. Quando se esperava o veto do PR ou, na dúvi

A deriva autoritária da Europa

Quem assistiu ao 25 de Abril de 1974, fim do regime fascista, arrastando consigo mais duas anacrónicas ditaduras, Espanha e Grécia, há de ter pensado que o futuro da Europa seria irreversivelmente democrático. Há poucos anos, ainda se registava uma crescente vaga democrática que, um pouco por todo o mundo, substituía velhas ditaduras, mesmo em países que nunca tinham vivido em democracia. Agora assiste-se ao aumento do número de países que ameaçam os direitos humanos, a liberdade de imprensa e a autonomia dos Tribunais, características liberais dos regimes democráticos. A deriva autoritária que regressou progressivamente ao Grupo de Visegrado (Hungria, Polónia, Chéquia e Eslováquia), veio mostrar quão frágeis são as democracias e fortes os apelos nacionalistas, onde se misturam tradições religiosas e velhos ódios em países cujas fronteiras tiveram ao longo da História geometria varável. A Eslovénia, depois da eleição de Janez Janša, admirador de Trump, tornou-se mais um país eu

Pensando em meu pensamento

Se um juiz, deslumbrado com a exposição mediática, pretende ser um Baltasar Garzón e não passa de um Sergio Moro provinciano, não arrisca apenas a difamação dos arguidos e o desprestígio dos Tribunais, lesa gravemente a democracia. Espero que Portugal seja poupado a tal desgraça.

Viva a França!

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Há 232 anos aconteceu a queda da Bastilha. Viva a França republicana, laica e democrática! Pintura de Jean-Pierre Louis Laurent Houel (1735-1813), intitulada ''Prise de la Bastille'' ("A tomada da Bastilha").

A Justiça portuguesa e o circo mediático_ 2

Paolo Borsellino e Giovanni Falcone, incorruptíveis e brilhantes juízes, pagaram com a vida a perseguição à máfia siciliana ‘Cosa Nostra’, o último acompanhado da esposa, também magistrada, em atentados que comoveram o mundo. A sagacidade com que conseguiram quebrar a lei do silêncio das associações mafiosas e reunir provas irrefutáveis da atividade delituosa levou os criminosos à prisão e a ‘Cosa Nostra’ à irrelevância. Foi assim que juízes de exceção, que não frequentavam televisões ou procissões, e cujas inquirições não saltavam para o espaço mediático, ganharam o estatuto de super-juízes e entraram na história do combate à corrupção. Em Portugal, uma imprensa ávida de heróis, farta de fazer dos políticos vilões, enaltece, para equilibrar, juízes banais, cidadãos medíocres, ávidos de consideração social. O juiz Rui Teixeira, no Processo Casa Pia, deslumbrado, prendeu um deputado, suspeito de pedofilia, perante as câmaras da TV e tornou-se herói nacional. O País lembra-se das

A Justiça e o circo mediático

O respeito pelas decisões judiciais e a presunção de inocência dos arguidos em processo penal são as bases mais elementares do Estado de direito, que jornalistas, comentadores e até os próprios magistrados, quanto à segunda, parecem esquecer. O Conselheiro de Estado, Marques Mendes, teve a desfaçatez de designar ‘juiz à solta’ o juiz de instrução que, num processo mediático, deduziu acusações. A orquestração do ódio contra o político arguido evitou-lhe a censura, e a aquiescência da opinião pública e da publicada embotou o juízo dos cidadãos, e saiu execrado o referido juiz. Os constrangimentos sociais impedem a denúncia das violações sistemáticas de direitos dos arguidos, sempre no temor de se ser acoimado de defensor de corruptos, permitindo os julgamentos na praça pública, orquestrados pelos média e pelo corporativismo das instituições judiciárias que acirram os seus sindicatos e a imprensa oficiosa. Depois do julgamento público do ex-ministro (MDN) Azeredo Lopes, imolado no r

Foram-se as indulgências

Jerónimo Felizardo estava a aliviar o luto a que a perda da amantíssima esposa, Deolinda, o obrigara. Não se pode dizer que lhe fora muito dedicado em vida nem excessivamente fiel. Mas habituara-se a ela como um rafeiro ao dono que o acolhe. Sentia-lhe agora a falta. Deolinda de Jesus dera-lhe tudo. Mesmo tudo. Até o que é obrigação e nela nunca foi devoção e, muito menos, entusiasmo. Deu-lhe independência económica, boa mesa, respeito e uma filha. Deixou-lhe uma pensão de professora, metade do ordenado do 10.º escalão, que acrescentava a outros proventos e o punham ao abrigo de sobressaltos. Com a filha não podia contar. Fora para Lisboa frequentar a Universidade Católica, a cujo curso e influência deve hoje o desafogo em que vive e o lugar importante no Ministério. Metera-se no Opus Dei e enjeitou a família. Mesmo a mãe, a quem fora muito chegada, só lhe merecera duas breves visitas nos três anos de doença prolongada com que Deus quis redimi-la do pecado original. Era natural substit

Marques Mendes – o alter ego de Belém e outros esgotos

Não esperava voltar ao atropelamento de um trabalhador pela viatura onde, em serviço, viajava o ministro da Administração Interna, por respeito à vítima e ao luto da família, mas a crueldade e a baixeza moral da exploração mediática para assassinar o carácter de Eduardo Cabrita leva-me a reagir. Ignoro se é a tentativa de ilibar a Brisa da responsabilidade que lhe cabe na segurança e proteção dos seus trabalhadores ou, à falta de incêndios, a pressa de demolir o Governo ou a necessidade de suprir a falta de alternativa da direita, ou tudo junto. Depois do lastimável desafio do PR ao ministro para responder à imprensa, abrindo uma exceção ao protocolo, não cessou a campanha que transformou o acidente rodoviário em arma de arremesso contra o Governo, através da infâmia. Marques Mendes, alter ego de Belém, Conselheiro de Estado protegido das escutas que poderiam criar-lhe embaraços, o Dias Loureiro do atual PR, em versão reduzida, levou a desfaçatez ao ponto de se referir ao ministr

Mitologia criacionista_2

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Não seria demasiado perigoso se os criacionistas se limitassem a crer que o seu Deus, por capricho ou azedume, tivesse criado o Mundo. Era apenas mais uma crença, tão legítima como as outras, incapaz de resistir ao escrutínio científico. O que assusta é a tomada do poder por esses desalmados, que impõem as suas crenças e as metem nos compêndios como verdades e as tornam de ensino obrigatório nas escolas.

A oposição de direita e o seu PR

Desde o PR ao seu alter ego, Marques Mendes, da imprensa de reverência a Rui Rio, o que a oposição de direita quer é tombar um ministro de cada vez, para empurrar o PM e derrubar o seu Governo. É mais fácil servi-lo às rodelas, em prestações, à voracidade dos média e das redes sociais do que construir uma alternativa. Ela não quer um Governo melhor, quer cortar este às fatias e triturá-lo enquanto se organiza para arranjar alguém que o substitua, as ideias virão depois. O PR quer passar à História como o Tomba MAIs. Eu explico: depois da crueldade com que expôs Constança Urbano de Sousa, inclemente e cinicamente, durante o braseiro dos incêndios de 2019, que fustigavam Portugal e a Galiza, obrigando a MAI a demitir-se, quer agora derrubar o MAI que a substituiu. Surpreendeu ver o PR a convidar o ministro, que o acompanhava, não sendo hábito falar nessa situação, na sequência do atropelamento mortal de um trabalhador pelo carro em que ele seguia, no banco detrás, a explicar a jorn

‘Cinco dias e cinco noites’ sem Marcelo

No regresso a Almeida, após 21 de meses em que a pandemia prolongou a ausência, fui encontrar os aparelhos de televisão sem sinal, reflexo da incúria autárquica que, depois de ter obrigado os moradores da histórica vila a desmontar as antenas, há largos anos, forneceu um serviço que, entretanto, se esgotou e aguarda agora substituição. Nem tudo foi mau, apesar da revolta dos eletrodomésticos com o abandono, da máquina de lavar roupa que se deteriorou, do aspirador que recusou a função e da balança da casa de banho que entregou a alma ao criador, todos a exigirem substituição. Duas arcas de vime, de muitas décadas, cansadas da vida, alheias à beleza artesanal que as exornava, deixaram-se corroer pelo caruncho e, à falta da purificadora lareira acesa, acabaram na lixeira municipal. A habitação, à espera de barrela, mobilizou um casal amigo, a filha e o genro, quatro pessoas durante três dias, para higienizar seis quartos, três casas de banho, duas salas, dispensas, móveis, janelas

A democracia e as minorias

Há quem pense que basta à democracia o voto universal e secreto, esquecendo a eleição de ditadores e que é a defesa das minorias e de grupos frágeis que a define. Ao contrário do que defende o pregador neoliberal, António Barreto, “Os direitos são dos cidadãos, dos seres humanos, não de minorias ou de grupos, (…)” *, e “A última fantasia da União Europeia é a da aprovação de uma moção de apoio às pessoas ditas LBGTIQ+” *, os direitos de minorias ou de grupos excluídos (imigrantes, deficientes e mulheres, v.g.,) são direitos humanos que lhes são negados. Os reacionários usam as tradições ou recorrem a jogos de palavras, como o sociólogo atrás citado, para negarem a defesa dos direitos humanos a quem é discriminado. A chegada de populistas ao poder, na Hungria, Polónia, Chéquia e Eslovénia, alertou as democracias europeias para o perigo dos líderes nacionalistas, xenófobos e autoritários, que concentram poderes, submetem o poder judicial, restringem direitos humanos das minorias e das

O combate à corrupção e a República de magistrados

Se não forem criados o sindicato de membros do Governo e o de deputados da AR, para responderem aos sindicatos de magistrados judiciais, ou não se extinguirem os últimos, é de temer que a democracia seja confiscada pelo poder judicial. Se um governante ou um qualquer deputado pusesse em causa a jurisprudência, exigia o dever de cidadania a execração do energúmeno, o que ainda não aconteceu. Sendo a sugestão de leis e a condenação das que existem arma de arremesso partidário, urge estar atento ao único poder não escrutinado. Quando nos habituamos às movimentações do sindicato do Ministério Público para ser o sindicato a escolher o/a PGR, e se atreve a apreciar e censurar o superior hierárquico de todos os seus sócios, é de temer que a investigação possa escolher alvos e tornar-se seletiva, ma são ainda piores as posições do sindicato dos juízes, através do presidente da ASJP, quinzenalmente, às quartas-feiras, no jornal Público. O Sr. Manuel Soares, presidente da ASJP, escreveu

Notas Soltas – junho/2021

Covid-19 – O êxito do plano de vacinação deve muito à competência, dedicação e zelo do almirante Gouveia e Melo cuja capacidade de organização mostrou o que o país tem perdido, nas últimas décadas, por desprezar as competências das suas Forças Armadas. EUA – A extrema-direita americana, que hoje domina o Partido Republicano, ainda não digeriu a derrota de Trump, e insiste numa lei que dificulte o voto e impeça as minorias, já discriminadas, de se exprimirem nas urnas.  Israel – A insólita aliança de oito partidos para afastar o PM, Benjamin Netanyahu, acusado de corrupção e de destruir do Estado de direito, foi a única forma de o derrubar, mas é improvável a longevidade da coligação que inclui a esquerda pacifista e a direita ultranacionalista. China – A repressão às manifestações no 32.º aniversário do massacre de Tiananmen é a face visível da ditadura, que ignora os compromissos assinados para a transição da soberania de Hong Kong e de Macau, respetivamente, com o Reino Unido e Por