Os fascismos e o perigo islâmico

Não bastavam a pandemia e a emergência climática para assustarem as democracias. Os vários fascismos emergem e escorrem como manchas de óleo imparáveis, enquanto, na hierarquia dos vírus, os fascismos forem vistos como de mais baixo risco e os religiosos como quase benévolos.

O terrorismo islâmico do norte de Moçambique e a aflição de Angola com a progressiva islamização não produzem um sobressalto na Europa, especialmente em Portugal, onde o cristianismo está em acentuada regressão, com o catolicismo sob pressão mediática pelas traquinices sexuais do seu clero.

Não é a verdade dos livros sagrados que um livre-pensador discute, é a perigosidade das ações a que, em cada momento histórico, cada crença conduz. O ateísmo que perfilho, há mais de sessenta anos, jamais toleraria o proselitismo ou deixaria de combater a sua imposição como o fez Enver Hoxha, caso de demência ateísta que oprimiu a Albânia.

Enquanto hoje, na Europa, o catolicismo se tornou uma filosofia humanista e o Papa se impôs como referência de tolerância, malgrado as suas posições oficiais contra a IVG e a eutanásia, o islamismo prossegue agora a violência das Cruzadas e da Evangelização cristã.

O retorno do Afeganistão à Idade Média, onde a destruição e domínio do que restará do País se tornou apenas uma questão de tempo, medido em meses ou semanas, não tem já o empenhamento da comunidade internacional para defender os Direitos Humanos que os talibãs ignoram cruelmente.

Os talibãs derrotaram sucessivamente o império britânico, a URSS, os EUA e o aval do Conselho de Segurança da ONU para a criação da ‘Força Internacional de Assistência para Segurança’ para ajudar a manter a segurança no Afeganistão. O reforço de tropas nos últimos dias já não é para conter o avanço dos talibãs ou evitar a vingança, é apenas para evacuar as forças da Nato com o mínimo de baixas.

Os EUA são fáceis de culpar pela tragédia que a sua fuga causa, até, cinicamente, pelos que os acusavam de invasores, e já nada pode evitar milhares de assassinatos e milhões de refugiados que os talibãs, na sua crueldade atávica, religiosamente motivados, estão a produzir.

Gostava de ver um só Estado islâmico a condenar publicamente os talibãs afegãos, um só Estado onde as ruas os execrassem, para crer na existência do islamismo moderado e na exclusão da Arábia Saudita e outros antros da fé islâmica do Eixo do Bem.

Tal como sucedeu na Europa, ensanguentada pelas guerras religiosas, é preciso conter a horda assassina que germina nas mesquitas e madraças sob os ensinamentos do Corão.

O meu combate não é contra os crentes, é contra os fascismos, tenham a cor de pele que tiverem e qualquer que seja a sua natureza, laica ou religiosa.

Comentários

Manuel Galvão disse…
O movimento islâmico veio substituir o movimento comunista na luta dos países oprimidos contra os opressores.

É muito fácil a um ocidental de barriga cheia, sentado numa poltrona com ar condicionado, falar contra o movimento islâmico. Esquece que a ordem democrática exportada pelo Ocidente para os países muito pobres, na segunda metade do século XX, não lhes resolveu a pobreza, da mesma forma que, anteriormente, a ordem comunista exportada pela URSS não lhes resolveu a pobreza também.

As populações muito pobres da Síria, Líbia, Iraque, Moçambique, Mali, não podem acreditar em nenhuma destas ordens. São forçadas a acreditar na ordem islâmica.É a única disponível, por agora...

Os insurgentes de Cabo Delgado são moçambicanos e moçambicanas que aceitaram fazer parte de um movimento armado que tenta derrubar a democracia podre sediada em Maputo, que tenta defender o seu país do saque das riquezas naturais de Moçambique que os franceses estão a tentar levar a cabo. Foram recrutados para esse movimento quando estavam numa situação de penúria de tudo, habitação, saúde, educação, etc. Como aconteceu no Mali, Síria, Iraque. Como aconteceu com os russos que integraram o partido Bolchevique.
pvnnam disse…
USA O TEU BLOG PARA AJUDAR A COMBATER GUERRAS NO PLANETA
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---> Em vez de acusares de ««racistas»» os autóctones Identitários que dizem o «óbvio»...
[[[nota: a máfia do armamento fornece armas a 'grupos rebeldes' (sim: os 'grupos rebeldes' não possuem fábricas de armamento!) para lucrar, não apenas com a venda de armas, mas também com o acesso a recursos naturais de baixo custo (petróleo, etc)... e mais... refugiados são deslocados para locais aonde existem investimentos interessados em abundância de mão-de-obra servil]]]
... ajuda, isso sim, também a divulgar o «óbvio»:
- "quem deve pagar a ajuda aos refugiados devem ser os países aonde são produzidas as armas utilizadas pelos rebeldes"!!!
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Boys e girls do sistema-XX-XXI: muitas cambalhotas'... para... não dizerem aquilo que deveria ser uma das afirmações mais simples do mundo:
- ''respeitamos a existência de outros no seu espaço'' (nomeadamente, povos autóctones no seu espaço).
Mais:
- no passado, o nacionalista-esclavagista protagonizou as mais variadas sabotagens sociológicas anti-intenções Identitárias (prejudicavam interesses...)..., ora, os boys e girls do sistema-XX-XXI querem que essas sabotagens sociológicas anti-autóctones Identitários sejam consideradas uma herança/legado universalista/multiculturalista!?!?!
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NÃO FALES EM EUROPA FALA EM LIBERDADE!
---> a liberdade de ter o SEU espaço e prosperar ao seu ritmo.
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Milénios de História não enganam:
- muitos europeus aspiram à cidadania de Roma (isto é: aspiram à existência de outros como fornecedores de abundância de mão-de-obra servil).
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O 'problema' do europeu-do-sistema XX-XXI não é Identidade, mas sim, 'tiques-dos-impérios' (/cidadanismo de Roma)!
Este europeu (para além de projetar uma economia de índole esclavagista) não gosta de trabalhar para a sustentabilidade... este europeu quer é estar na gestão:
- quer é estar na gestão da atribuição da nacionalidade;
- quer é estar na gestão da atribuição de vistos de trabalho.
-etc.
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Pois é, são da mesma laia!
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Os nacionalistas- esclavagistas foram '''pioneiros''':
1- renegaram o Ideal Identitário que esteve na origem da nacionalidade (''ter o seu espaço, prosperar ao seu ritmo'');
2- projectaram uma economia de índole esclavagista (partiram  do pressuposto da existência de outros como  fornecedores  de abundância  de mão-de-obra servil; nota: era preciso rentabilizar o investimento na construção  de caravelas);
3- executaram as mais variadas sabotagens sociológicas anti-intenções Identititárias... pois, intenções Identitárias prejudicavam interesses económico-financeiros.
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O europeu-do-sistema XX-XXI é mais do mesmo:
1- renega o Ideal Identitário que esteve na origem da nacionalidade;
2- projecta uma economia de índole esclavagista;
3- executa as mais variadas sabotagens sociológicas anti-intenções identitárias...
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[os supremacistas demográficos (africanos, e outros) que se entendam com os neo-esclavagistas: os europeus 'tiques-dos-impérios' XX-XXI.
-> Os Identitários, esses, estão interessados é em LIBERDADE: a liberdade de ter o SEU espaço e prosperar ao seu ritmo]
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SEPARATISMO IDENTITÁRIO
----> é natural o separatismo Identitário por motivos óbvios:
- na origem da nacionalidade não esteve cidadanismo de Roma, mas sim, o Ideal Identitário: ''ter o SEU espaço, prosperar ao seu ritmo''.
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---> Urge um movimento pan-europeu de liberdade/distância/separatismo em relação ao europeu neo-esclavagista (o europeu do sistema XX-XXI).
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SEPARATISMO-50-50
Todos Diferentes, Todos Iguais... isto é: todas as Identidades Autóctones devem possuir o Direito de ter o SEU espaço no planeta -» INCLUSIVE as de rendimento demográfico mais baixo, INCLUSIVE as economicamente menos rentáveis.
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-> Os 'globalization-lovers', etc, que fiquem na sua... desde que respeitem os Direitos dos outros... e vice-versa.
-» blog http://separatismo--50--50.blogspot.com/
pvnnam disse…
P.S.
Em vez de acusares de ''''racista'''' qualquer trabalhador Identitário autóctone que proteste (contra a imigração) afirmando o «óbvio»...
[[[« num planeta aonde mais de 80% da riqueza está nas mãos dos mais ricos, que representam apenas 1% da população, quem deve pagar a ajuda aos povos mais pobres é a Taxa-Tobin, e não a degradação das condições de trabalho da mão-de-obra servil de outros povos »]]]
... ajuda, isso sim, também a divulgar o «óbvio».

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