A GUERRA E A PAZ
Aprendi que quem deseja a paz é fervoroso apoiante de Putin, inimigo de dez milhões de vítimas em fuga da Ucrânia, e adversário da civilização ocidental e da Nato. Aliás, o título remete para o do romance de um russo a quem o título de nobreza, o pacifismo e a morte do autor, antes da Revolução comunista, podiam ter poupado a incineração.
Não contraria os que veem na invasão da Ucrânia uma luta
entre uma ditadura invasora e a democracia invadida, mais entusiasmados com os
russos que morrem na guerra onde os EUA, digo, a Nato e a Rússia se confrontam,
do que estarrecidos com os dez milhões de refugiados ucranianos e um número
incontável de mortos e feridos.
À medida que a fadiga de guerra se instala, e os países
europeus não conseguem debelar a inflação e manter os níveis de bem-estar que
precederam a pandemia e a guerra, é de temer que arrefeça a solidariedade para
com um povo indiscutivelmente mártir.
Sei que devo ser grato a Erdogan, aliado da civilização
ocidental e possuidor do maior exército da Nato fora dos EUA, agora a negociar com
russos e ucranianos um preço de favor para cereais e combustíveis, e com os
americanos o esquecimento dos curdos.
Por mais que repita que prefiro a pior das democracias à melhor
ditadura, há quem veja nas dúvidas traição e no livre-pensamento dissimulação.
Por isso prefiro refletir sobre a ditadura da China,
esperando que não olhem os chineses como responsáveis do déspota que os oprime.
Sou, aliás, dos poucos que, contra a falta de reconhecimento internacional da
independência de Taiwan, a defendo. Não esqueço o que a China fez às liberdades
em Macau e Hong-Kong, comprometida a respeitá-las, bem como aos cidadãos que
reclamaram liberdade em Tiananmen.
Mas quem disse que as guerras são ganhas pelos justos? Quem
garante às democracias a sobrevivência contra as ditaduras?
Sendo as coisas o que são, permitam-me que não compreenda
que a Nato, digo, os EUA enviassem a Taipé a senhora Nancy Pelosi, presidente
da Câmara dos Representantes, quando, sem aparentes benefícios, contribuiu
certamente para solidificar a aliança entre Moscovo e Pequim.
Quando Moscovo é um risco para início de uma guerra mundial
não fazia falta Pequim para outro rastilho da tragédia, e Taiwan não fica mais segura
depois da insólita visita.
Desculpem, leitores, devo estar doente e não penso como pessoa
de bem, os cérebros do complexo militar-industrial dos EUA e os portugueses
defensores da civilização cristã e ocidental e da Nato. Não leiam o que
escrevo, oiçam o Sr. Milhazes.
Mas não se esqueçam que hoje é o 77.º aniversário da
tragédia de Hiroxima, quando os únicos que podiam recorrer à bomba nuclear não
hesitaram. Hoje, não falta quem queira repetir a tragédia, com um poder
destruidor incomparável.
É urgente impedir a repetição da tragédia de Hiroxima, em 6 de agosto de 1945, agora à escala planetária, e que a população mundial grite, a uma só voz: Hiroxima, nunca mais!
Comentários
-> AS CONDIÇÕES DE PAZ VÃO SER MUITO DURAS PARA COM O PATIFE OCIDENTAL!
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A cidadania de Roma do patife Ocidental está perfeitamente identificada:
- à medida que vai saqueando riquezas de outros povos, enriquece... depois aproveita a sua riqueza para investir no saque de novos territórios, e assim sucessivamente.
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Sim:
-> O PATIFE OCIDENTAL ESTÁ A INVESTIR NO SAQUE DA RUSSIA.
[um território imenso com apenas 140 milhões de habitantes]
--->>> armas da NATO para a Ucrânia e sansões económicas à Russia: o patife Ocidental espera, assim, colocar a Russia ao nível do tempo de Ieltsin: um caos.
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Inúmeros focos de tensão (Iraque, Líbia, etc) fabricados pelo Ocidente XX-XXI... culminaram exactamente, inevitavelmente, fatalmente, no mesmo resultado: no caos... a exploração de riquezas passou a ficar na posse de multinacionais Ocidentais.
Mais,
o cidadão da NATO sonha com uma Russia ao nível do Iraque, Líbia, etc, isto é, sonha com uma Russia no caos... e... multinacionais Ocidentais a fazerem compras...
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Um foco de tensão criado pelos gurus da NATO em conluio com os mercenários de Zelensky:
- a ameaça de, via Ucrânia, estrangular a economia russa, leia-se: cortar o acesso da Russia ao oceano Atlântico.
[nota: depressa inventaram um pretexto para bloquear o transporte doméstico de mercadorias Russia <-> Kaliningrado]
Nota: o foco de tensão 'Taiwan' criado pelo patife Ocidental não vai resultar: não tem urgência, isto é, não vai estrangular a economia chinesa.
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A China, juntamente com a Russia, vão ser muito duras nas negociações de paz com o patife Ocidental.
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CONDIÇÃO DE PAZ N°1:
- discutir a devolução de riquezas aos inúmeros povos autóctones que reivindicam a liberdade de explorar as suas riquezas naturais através de empresas autóctones... e que foram impedidos de ter essa liberdade devido às SABOTAGENS SOCIOLÓGICAS PROMOVIDAS PELO PATIFE OCIDENTAL: sim, durante décadas o patife Ocidental fabricou situações de caos (guerras, revoluções, golpes, manipulação de campanhas eleitorais) em várias regiões do planeta -> aonde existiam governos não interessados em vender as suas riquezas...
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CONDIÇÃO DE PAZ N°2:
- discutir a criação de condições para que os povos não interessados em vender as suas riquezas a multinacionais... possam viver em segurança no planeta.
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P.S.
A 'barriga de aluguer' (vulgo mercenários de Zelensky) da guerra por procuração têm a Ucrânia controlada:
- milícias neonazis silenciam opositores: nomeadamente aqueles que defendem negociações de paz.
[nota: o patife Ocidental já usou radicais religiosos ao serviço das suas negociatas; um exemplo: roubo de petróleo à Síria]
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Mais:
- a 'barriga de aluguer' (vulgo, mercenários de Zelensky) do patife Ocidental, inspirados em Sun Tsu (dizem os 'políticos' ucrânianos), diz que os acordos de Minsk não eram para cumprir... destinavam-se apenas a ganhar tempo no sentido de tornar o exército ucrâniano mais poderoso.
[a guerra por procuração há muito tempo que estava a ser preparada]