M. – O PR (6) O FACILITADOR
A estratégia e os embustes desta direita e do seu PR (3699 carateres)
Esta direita, instruída nas madraças da JSD e do CDS, hábil
a provocar ruído e a alijar responsabilidades, moralmente apátrida,
culturalmente analfabeta e inapta a governar, tem sequazes na comunicação
social e nas redes sociais, em permanente comissão de serviço, a impedir o seu
julgamento.
Foi na incubadora de Passos Coelho que germinou o líder
fascista, hoje a submeter-se, em lista única, à recondução na liderança da
União Nacional fascista.
Esta direita, eufórica com o linchamento de um excelente
ministro da Segurança Social, Paulo Pedroso, associado ao caso de pedofilia da
Casa Pia, conseguiu com essa patifaria aguentar PM o cúmplice da invasão do
Iraque, Durão Barroso, e persuadir o País de que o PS era pedófilo. Paulo
Pedroso nem chegou a ser acusado, mas a dignidade do partido saiu ferida.
Ficou-lhe daí o jeito e o proveito da calúnia para
conquistar o poder, sem necessidade de projetos, bastando-lhe enxovalhar os
adversários para cair de novo quando os erros e a inépcia atingem níveis
intoleráveis ou conseguir de novo evitar eleições.
No BPN, onde se enlodou a fina flor do cavaquismo, conseguiu
utilizar o nome de Vítor Constâncio, então governador do Banco de Portugal, e
fazer ruído suficiente para levar ao pelourinho da opinião pública o polícia da
fiscalização bancária enquanto ocultava os delinquentes das fraudes.
À esquerda do PSD ninguém tem casa na Quinta da Coelha,
ganhou dinheiro com ações não cotadas em bolsa (SLN) ou obteve, sem caução,
empréstimos de milhões de euros. Hoje é o País que paga a dívida de Oliveira e
Costa, falecido com atestado de pobreza, membro do Governo de Cavaco, depois de
administrador e perito a detetar a ocultação de fraudes bancárias no Banco de
Portugal. Superou-se a cometê-las e a ocultá-las.
Esta direita consegue esconder que o seu maior especialista
em offshores, dos raros que foram presos, foi o chefe de gabinete de um dos
seus PMs. Se Vale e Azevedo militasse no PCP, PS ou BE, todos saberiam a origem
partidária.
Da Madeira, dos 7 ou 8 mil milhões de euros que, após
numerosas ajudas da República, ainda sobraram para somar ao défice, não se falou
da gestão ruinosa do sátrapa do PSD.
Depois de silenciados os casos do BCP, BPP, Banif, BPP,
Tecnoforma e submarinos, a gestão incapaz do GES/BES, por Passos, Maria Luís e
BP, produziu um défice de mais de duas dezenas de milhares de milhões de euros.
Esta direita, ora com liderança em Belém, é a que escondeu o
maior escândalo bancário de sempre. Até parece que dos quatro PRs eleitos antes
do atual, as candidaturas de Eanes, Soares e Sampaio também foram preparadas,
como a de Cavaco, na vivenda de Ricardo Salgado acolitado pelos casais Barroso,
Marcelo Rebelo de Sousa e Cavaco!
Há quem por ignorância, sectarismo ou ingenuidade defenda
este passado, esta direita e este PR, e quem o faça para refocilar na gamela do
orçamento que ansiosamente busca.
Quando Mário Soares, grande referência da democracia, com
sagacidade invejável, se referia a Cavaco, as vuvuzelas desta direita grunhiam
impropérios e acoimavam de senil e geronte o heroico resistente à ditadura.
Esta direita, esta maioria e este PR não hesitam agora em
perturbar a governação com a aliança de sindicatos espontâneos, o massacre das
televisões e o ativismo do Ministério Público, contra o Governo e os políticos,
através do Correio da Manhã. E esquece que o líder que resignou à liderança do
partido IL, o mais radical do liberalismo económico da Europa, foi o substituto
de João Rendeiro no BPP. Este suicidou-se, o outro demitiu-se da liderança da
IL, e não se sujeita aos ataques, dentro da direita, nas próximas eleições.
O PR, sem funções executivas, lidera o missódromo principal da
Jornada Mundial da Juventude Católica, Lisboa 2023, com o amigo do peito e da
hóstia, patriarca Clemente, este a evitar a exposição mediática, por intermédio
de um bispo-auxiliar, enquanto alguém se lembrar das acusações.
O PR, hoje violador da CRP, promove a construção da cruz
romana inamovível contra a proibição constitucional de adoção de símbolos
religiosos em novos edifícios públicos.
Esta direita é o que é, e não o que o PR desejaria. E o próprio,
que pediu a suspensão de presidente da Casa de Bragança para ser Presidente da
República, viola o juramento de investidura e converte o Palácio de Belém, sede
da República laica, em sacristia.
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Amadeu Moura