M. – O PR 38 – O golpista
M. – O PR procurou lenta e metodicamente destruir o Governo
e transformar o regime acentuadamente parlamentar em mediaticamente presidencial.
Não o conseguindo veio em seu socorro o Ministério Público.
Foi a apoteose. Derrubou o PS, o PM, a AR e talvez o regime. Exultou o
narcisista. A desconfiança no Ministério Público, a vergonha da PGR e a infâmia
para si próprio foram o modesto preço a pagar.
O crime de vazamento de escutas para a comunicação social
vai continuar, assim como os telefones sob escuta, até se destruírem os
adversários. A política está sequestrada.
Marcelo enlameou-se e não voltará aos índices de
popularidade que o inebriavam, mas conseguiu ser mais eficaz a derrubar o PM do
que Cavaco a evitar a sua posse.
Marcelo fragilizou o Governo lenta e eficazmente, com avisos,
dúvidas, e advertências fazendo o que só cabia à AR, censurando ministros e
decisões ou expondo em público o que dizia em privado ao PM e traindo a lealdade
institucional a que era obrigado.
Faz hoje uma semana que a PGR emitiu o Comunicado que refere
suspeitas sobre o PM, o que levou à sua demissão e permitiu ao PR a ansiada consumação
da perfídia.
E agora? A PGR mantem-se? O PR fica impune perante os danos causados
ao País?
Até o presidente do STJ, Henrique Araújo, a quarta figura do
Estado, se aviltou. Quando o pedido de investigação do PM lhe chegou, em vez de
averiguar as suspeitas, referiu a “corrupção instalada” numa entrevista recente
ao jornal Nascer do Sol como se estivesse a mandar palpites no café do bairro.
Perante o descrédito que atingiu o PR, a PGR e o presidente
do STJ o PM continua sob investigação para os salvar da vergonha e eles
mantêm-se?
Ou o crime compensa e os cúmplices vão ser condecorados?
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