Que raio de País é este - 3?

Marcelo PR, líder incontestado da direita e facilitador da aliança com a extrema-direita, fez jogo perigoso com a PGR para levar à demissão do PM e, depois da conversa com o PM, ainda não divulgada no Expresso, comprometeu o Banco de Portugal através dos danos colaterais ao Governador com a vichyssoise confecionada para dissolver a AR.

Paulo Rangel, eurodeputado do PSD, foi a Madrid discursar na manifestação de protesto da direita e extrema-direita contra a tomada de posse do PM Pedro Sanchez. Terminou apelando à resistência nas ruas contra o Governo legal, na demostração do que a direita mais truculenta é capaz. (Rangel foi o homem de mão do PR contra Rui Rio).

Um dos candidatos que a direita dá como derrotado na corrida à liderança do PS, já é calorosamente defendido pelos cúmplices do golpe de Estado que levou à demissão do PM por usar os seus argumentos na campanha eleitoral em curso.


Hoje, doze dias depois de a PGR ter demitido o PM através do afrontoso parágrafo de um comunicado mantém-se em funções, com o PR a agradecer-lhe a dissolução da AR.

Não podendo a direita e a extrema-direita agradecer ao PR a situação caótica que criou para as levar ao poder, responsabilizam a vítima pela leviandade da decisão do algoz.

Marcelo, enredado nos cenários que traçou para derrubar o PM, não hesitou em pôr na sua boca o pedido do conciliábulo com a PGR, pedido notoriamente falso.

E foi precisa a conjugação da aventureira dissolução da AR e do desmascaramento da mentira sobre a reunião com a PGR para poupar os portugueses à presença do PR nos telejornais desde há dois dias.

Que raio de país é este?

Comentários

mensagensnanett disse…
Pois é: uma interessante teoria que circula por aí: uma revolução colorida:
---> porque é que os boys-toys-USA (comprovadamente diplomados: veja-se a colaboração deles no golpe de esperteza Sun Tsu 2022: vulgo projeto neonazi anti-russo: leia-se guerra da Ucrânia) António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa resolveram (com a participação de uns boys do Ministério Público)  colocar fim ao governo duma forma apressada/atabalhoada:
- ao que parece havia socialistas do governo PS que consideravam a proposta chinesa (no âmbito do projeto das Rotas da Seda) para o controlo do porto (estratégico) de Sines melhor que a proposta USA.
PedroM disse…
A ser verdade que o comunicado da pgR que "demitiu" o PM foi tornado público quando a procuradora geral da República ainda estava em Belém reunida com o pr, então há ainda muito por esclarecer. Vejamos:
O Marcelo chama a procuradora geral a Belém para se informar sobre o processo e determinar se a matéria em causa era de molde a colocar em causa a continuidade do governo.
Antes da procuradora geral partir para Belém, a procuradoria tem já pronto um comunicado que no entanto não torna público. Guarda-o para mais tarde.
Na reunião com o pr é natural que a procuradora tenha dado conhecimento do dito comunicado ao pr.
E agora é que as coisas começam a ficar interessantes... o Expresso noticia com grande enfase que o fatídico parágrafo que envolve o PM e o inquérito crime que o visa, foi escrito pela procuradora geral, dando a ideia de que em algum momento ele não estaria no comunicado e terá sido lá colocado em momento posterior pela procurada geral.
Pois... a minha questão é a seguinte... o referido parágrafo já constava inicialmente do comunicado que a procuradora levou ao conhecimento do pr ou foi escrito durante a reunião com o pr? Se a procuradora o escreveu durante a reunião com o pr, tal aconteceu por iniciativa ou sugestão de quem?
É que aqui há dois cenários:
(i) Ou o dito parágrafo já constava do comunicado que a pgR tinha pronto quando a procuradora geral partiu para Belém e nesse caso a publicação do mesmo sem esperar o final da reunião com o pr pode até ser um sinal de independência ou separação de poderes;
(ii) Ou o famigerado parágrafo não constava da versão do comunicado quando a procuradora geral foi para Belém e a senhora só o escreveu durante a reunião com o pr, dando então o ok para a sua publicação, e aqui estaremos perante uma conspiração.
O segundo cenário seria certamente descartado como pura fantasia, não fora a notícia do Expresso, que mais parece um lapso de linguagem ou uma confissão involuntária.
Será por isso que o PM disse no sábado quando desancou o Marcelo, que todos pensavam que teria sido a procurado geral a redigir o comunicado, mas que a notícia do Expresso levantava mais dúvidas do que aquilo que esclarecia?

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