O PR, o Ministério Público e o perigo de dissolução do regime

Depois de, em cumplicidade com a PGR, ter sido responsável pelo parágrafo que levou à demissão do PM, o PR declarou-se ontem “satisfeito e tranquilo” com o inquérito ao tratamento milionário às gémeas brasileiras. 

Veio sedado, a ressacar da abstinência das câmaras e selfies, a declarar que ia apagar-se no período eleitoral sem explicar a leviandade com que precipitou o País na aventura eleitoral. E aproveitou para condecorar o humorista cujo despedimento provocou em 1996 por causa de uma rábula sobre a Igreja católica.

O Ministério Público, depois de sete anos a colocar suspeições nos média contra três governantes, Siza Vieira, Fernando Medina e Duarte Cordeiro, arquivou ontem o processo “sem qualquer indício criminal na matéria em apreço”.

Depois de ter apreendido o telemóvel da presidente da CM de Matosinhos, de buscas na Câmara, cópia do seu computador e anos de notícias, arquivou o processo de suspeitas da presidente da ANMP por ter chegado à conclusão de que a nomeação do seu chefe de gabinete nunca podia ser por concurso público, a ridícula suspeita com que a perseguiu.

Não sabemos que processos tem o MP em carteira para desviar atenções do PR e fazer crescer os extremismos, mas urge recordar o que disse o presidente da ASJ de Rui Rio quando este fez uma proposta em nome do PSD para evitar estes desmandos. Usou o termo “nazi” na sua crónica habitual no Público, muito antes de o Ministério Público ter invadido o seu domicílio com 10 inspetores da PJ a revolver-lhe as cuecas e os pijamas enquanto a TV filmava no exterior no início de uma manhã para esquecer.

Com um PR irresponsável e a Justiça que temos é de recear o pior.


Comentários

egr disse…
Mas há uma outra manobra em curso que também é paga por nós : a que a RTP conduz com total desfaçatez .

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