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A mostrar mensagens de 2024
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Onofre Varela
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Sobre a Sabedoria Por Onofre Varela No centro de todas as coisas está uma grande verdade que teimamos em não ver. Ela diz que todos nós somos ignorantes, por muito sabichões que nos sintamos! A presunção e a vaidade de nos imaginarmos certos, são característica s do Ser Humano… e a condição humana tem os seus custos. Não se é humano impunemente, a consciência paga-se, e a s consciência s “religiosa e pátria” são duas das pesadas facturas que andamos a tentar liquid ar desde que inventamos deuses e fronteiras … e vamos continuar a pagá-la s por muitas e incontáveis gerações, enquanto consumidores de mitos adorados e afirmados como “realidades indesmentíveis” . Julg á mo-nos civilizados por vestirmos de acordo com a última moda de Londres, Roma ou Paris e usarmos o último modelo de telemóvel. Afirm á mo-nos sábios só porque sabemos dizer “ Ácido Desoxirribonucleico” … mas na verdade a nossa ignorância e cupidez não têm limites. Todos nós somos ignoran
As eleições presidenciais de 2026 – #montenegronaomarcelonunca
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Carlos Esperança
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Não penso que a minha opinião interesse a muitos e muito menos que consiga mudar a de quem quer que seja. Dito isto, o que vier a escrever sobre o tema é a opinião do social-democrata que sou. E não me demitirei de intervir na política, como faço desde 1961, fora de partidos, se não considerar como partidária a militância no MDP/CDE, onde participei ativamente desde 1965 até 25 de abril de 1975. Até então o MDP/CDE foi uma frente democrática. É minha opinião que não se ganham eleições presidenciais com um candidato que não seja apoiado pelo PS, pelo que votarei à segunda volta no candidato do PS, seja qual for. Se esta posição pudesse ser acolhida por todos os social-democratas e democratas à sua esquerda, seria possível, na minha opinião, vencer o candidato da direita, seja quem for, e contrariar a geometria eleitoral que resultou das sucessivas dissoluções da AR. A direita já deu alguns tiros no pé. O primeiro foi o do único ministro que Montenegro não pode demitir, sob pena
Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres
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Carlos Esperança
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É preciso parar os braços que agridem, ferem e matam; é preciso isolar e enjaular os que usam a força como argumento e a agressão como vingança; é preciso reforçar a cultura da igualdade e da convivência doméstica sem sobressaltos, medos e risco de vida. É preciso que todos os homens e mulheres se unam para travar os braços que agridem, ferem e matam, onde quer que seja. É urgente erradicar a violência machista, sem hesitações, condescendência ou citações bíblicas, com a força da lei e a determinação de julgadores com consciência cívica e formação humanista.
O 49.º aniversário do 25 de novembro – Ou há falta de memória ou anda tudo doido.
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Carlos Esperança
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Os pais do regime foram militares, não foram Cunhal, Soares, Sá Carneiro ou Freitas do Amaral, os líderes fundadores dos partidos que votaram a Constituição da República (CRP) – PCP, PS, PPD e CDS, e mais 6 deputados de esquerda, 5 do MDP e 1 da UDP. A transferência do poder para os partidos, prometida pelo MFA, resultou da aprovação da CRP na Assembleia Constituinte, reunida em sessão plenária a 2 de abril de 1976. Foram capitães de Abril que garantiram a democracia até às eleições legislativas. A comemoração do 49.º aniversário do 25 de novembro foi inventada por quem parece não digerir o 25 de Abril. É o embuste que procura esconder as sucessivas derrotas que a direita reacionária sofreu nesse dia. Pela 4.ª vez! Depois do 25 de Abril foi derrotada no 28 de setembro, no 11 de março e no 25 de novembro. A direita, que rasurou o feriado do 5 de Outubro do calendário, celebrou-o na Câmara de Lisboa com o homem de mão do PR, Carlos Moedas. Marcelo foi aí comemorar o golpe de 7 de n
Miguel Sousa Tavares - Uma opinião corajosa
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Carlos Esperança
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Mil e um dias de insensatez - (Miguel Sousa Tavares, in Expresso, 22/11/2024) E agora, porque a história é tantas vezes irónica, a nossa esperança de podermos ao menos continuar a viver um presente despojado do terror nuclear reside nas mãos de outro americano, não de esquerda nem razoável, mas de extrema-direita e furiosamente perigoso. Imagine que Portugal e Marrocos estão em guerra e que a Espanha, oficialmente, não participa nessa guerra. Agora imagine que, continuando oficialmente de fora, a Espanha fornecia a Marrocos mísseis para serem disparados contra território português, fabricados em Espanha, operados ou assistidos por militares espanhóis e guiados até aos alvos por sistemas de localização e orientação espanhóis. Ainda acharia que a Espanha estava fora da guerra? Foi isso que Joe Biden acabou de fazer, autorizando a Ucrânia a utilizar livremente contra território russo os mísseis Atacms que já lhe tinha fornecido e cujo uso estava até aqui limitado ao território da Ucrânia
António José Seguro
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Carlos Esperança
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Os encómios recebidos dos comentadores televisivos da direita mostram bem quem eles gostariam de ver concorrer a PR pelo PS. E, tal como sucedeu com Maria de Belém e Ana Gomes, os liberais do PS já se organizam para o defender. Seguro já tinha sido o líder do PS que Passos Coelho desejava para continuar no poder.
A Justiça e o caso Sócrates (22 de novembro de 2014) – há 10 anos.
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Carlos Esperança
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Dou por mim a pensar no circo mediático que, de forma obsessiva, tem lugar na praça pública e fico a desejar, para bem do que resta das instituições e da sua preservação, que se provem as acusações que, na sequência de um crime de grosseira violação do segredo de justiça, são do conhecimento público. Não tenho qualquer estado de alma e, à partida, penso que nenhum procurador ou juiz seria capaz de deter um ex-primeiro-ministro sem indícios tão sólidos que pudessem arruinar a respeito devido aos Tribunais. A satisfação de ódios de estimação não entra na equação. Apesar da coincidência infeliz de se estar na véspera do congresso do PS e de a TV se encontrar no aeroporto, à hora da chegada do cidadão que chefiou dois Governos, e não ocupa agora qualquer cargo político, só a violação do segredo de justiça merece reparo. Abstraindo do drama pessoal de Sócrates, desejo que os motivos que conduziram ao seu linchamento público sejam cabalmente provados. Os Tribunais são o único órgão da sobera
XXIV Governo – Anda tudo bêbado – #montenegronaomarcelonunca
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Carlos Esperança
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Parece que andam todos bêbados no País que mais vinho consome per capita, com um ministro a defender o consumo e colegas seus a seguirem o conselho. O irascível ministro de Estado, em mau estado, com larga experiência a difamar o País, a combater o PS em Bruxelas e a afrontar em Madrid o partido que viria a ser Governo de Espanha, insulta agora em Portugal o chefe da aeronáutica. E não pede desculpa! A ministra nomeada para privatizar o SNS, talvez receosa do balão, começou a enganar o INEM quanto ao local do seu acidente rodoviário. Assumiu a tutela na sequência de sete mortos, e acabou a chamar a si a entidade que investiga as causas cujas conclusões não evitariam o que já devia ter feito – demitir-se. A ministra da Administração Interna, que foi à Madeira ver as labaredas na orografia e a concluir que os madeirenses são boas pessoas, entusiasmou-se com a ideia de recrutar delinquentes para as Forças Armadas e a de criar sindicatos para as polícias, mas, pela forma como tartamu
A GUERRA. ISRAEL E A PALESTINA.
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Carlos Esperança
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Os horrores sofridos pelos judeus ao longo dos séculos, o cheiro a gás dos campos de concentração nazi e a orgia genocida do antissemitismo levaram a ONU a conceder uma pátria a um povo martirizado pela persistência em manter a identidade. A má consciência mundial, três anos após a libertação de Auschwitz, esteve na origem da decisão. Os fantasmas religiosos nunca deixaram de estar presentes e atiçar ódios a um país que foi outorgado aos judeus e de cujo território os palestinianos nunca abdicaram. Setenta e seis anos deviam chegar para erradicar o imperialismo sionista e persuadir os palestinianos a aceitarem a existência de Israel. Israel, apesar das críticas que suscita, não obstante o fundamentalismo beato e agressivo dos judeus das trancinhas, existe. Os palestinianos islamizados até ao absurdo, pobres e abandonados, tornaram-se a carne para canhão das ambiciosas teocracias que emergiram como potências regionais e o álibi para alterar o mapa geopolítico. Os judeus acreditam que s
Não à falsificação histórica
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Carlos Esperança
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O 25 de novembro e a obsessão deste PR Estão vivos os principais intervenientes vitoriosos na data que Marcelo Rebelo de Sousa pretende comemorar e que há de ter contribuído para a ansiedade que o consumiu até ao golpe de 7 de novembro. Os herdeiros do 28 de maio querem agora comemorá-lo em novembro para evitar que a memória do povo português seja reavivada. Marcelo teve êxito na viragem à direita do PSD nos congressos da Figueira da Foz e de Braga, não se lhe pode consentir que seja o artífice do apagamento da memória. O país esqueceu o “Documento dos Nove”, “Documento Melo Antunes”, e o autor, que a direita reacionária odiou? Esqueceu o “Grupo dos nove” com Vasco Lourenço, Pezarat Correia, Franco Charais e Sousa e Castro vivos e contrários ao oportunismo reacionário da direita que Marcelo PR comanda? Esquece que foi Mário Soares que reuniu na Fonte Luminosa uma multidão que gritava “onde está o PSD, que não se vê?” e respondia “está em casa a ver TV”. Quando a extrema-dire
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Onofre Varela
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Levanta-te e pensa Por Onofre Varela «Pensar é o trabalho mais difícil que existe, o que é provavelmente a razão porque tão poucos se envolvem nele» (Henry Ford. 1863-1947) A minha crónica de hoje é a transcrição do texto de abertura da 2ª Edição do meu livro “O Homem Criou Deus”. O seu título é uma adaptação do que se lê no Novo Testamento, na cura do paralítico de Cafarnaum: “Levanta-te e anda” ( Mateus: 5; 6 ), cujo figurino é usado em comédia no programa televisivo “Levanta-te e ri”. Tal como o exemplo desta frase que foi adaptada repetidamente e usada em diferentes situações, também a vida de cada um é uma repetição da vida de todos nós, com mais ou menos nuances que emprestam outro colorido à nossa vida, tal como as diferentes fórmulas que glo s am a frase bíblica que conduziu ao título desta prosa. Ninguém inventa a sua vida… todos a temos oferecida pelo nascimento que não pedimos (o filósofo Agostinho da Silva dizia que “nasce a gente de graça, para
A25A - NÃO À FALSIFICAÇÃO DA HISTÓRIA! ABAIXO A REAÇÃO
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Carlos Esperança
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Associação 25 de Abril – Caros Associados Junto enviamos posição assumida pela Direcção da A25A, por unâminidade e concordância dos demais Órgãos Sociais, sobre o convite recebido do Senhor Presidente da Assembleia da República para a “Sessão Solene Evocativa do 49.º aniversário do 25 de Novembro de 1975”. Com cordiais saudações de Abril Vasco Lourenço Comemorações dos 50 Anos do 25 de Abril *** Comemorar, o quê e porquê? O 25 de Abril, como único e irrepetível processo de intervenção na definição do tipo de sociedade humana, não foi fácil de concretizar. O processo que se seguiu também não foi fácil, mas caminhámos sempre no sentido de concretizar as promessas do Programa do MFA apresentado à sociedade portuguesa desde o início. A liberdade proporcionou que cada cidadão fosse optando pela sua visão e pelo seu projecto, juntando-se ou não aos movimentos e partidos políticos que vinham da actividade clandestin
Marcelo e a Procuradoria Geral da República
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Carlos Esperança
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Marcelo, cumprida a missão de derrubar um governo de maioria absoluta, abandonou os recados, indelicadezas, palpites, ameaças, remoques e julgamentos ao governo. Ao atual. Quem não alterou o comportamento da anterior PGR foi Amadeu Guerra que, depois de enaltecer no seu discurso de posse a competência da antecessora, parece comportar-se de igual forma e ser indiferente ao destino da democracia. Dada a liberdade que o cargo lhe confere, era de admitir que tivesse a sensibilidade para perceber que o regime não pode estar refém das suspeitas que a instituição lançou sobre titulares dos mais altos cargos políticos nem ser o braço da instabilidade da democracia. Tendo aceitado o cargo, depois de o PR ter afirmado que já tinha o perfil (nome?) e que a nomeação lhe cabia, exigia-se que mostrasse independência e desfizesse a suspeição sobre quem é oriundo do Ministério Público, origem temida por quem vê no órgão uma extensão corporativa e sindical, nomeadamente os signatários do Manifesto dos
A Europa, a laicidade e os imigrantes
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Carlos Esperança
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A Europa, sob pena de renegar os valores, a cultura e a civilização que a definem, não pode deixar de socorrer e tentar integrar as multidões que fogem de países falhados, de Estados terroristas e de regiões que o tribalismo e a demência dominam. A Europa, tantas vezes responsável por agressões devastadoras, cujas consequências ora a confrontam, não pode renunciar ao dever de solidariedade para com os acossados, não por expiação de culpas, mas por imperativo ético. Nunca a metáfora da bicicleta, caindo quando para, foi tão certeira como aplicada à UE, que não soube ou não quis federar as nações que a compõem com o aprofundamento da política comum, nas suas vertentes económica, social, fiscal, militar e diplomática, para quem, como eu, acredita num projeto europeu. Mal dos europeus se o medo os paralisa e preferem abandonar os náufragos a assumir o risco de salvar um terrorista, e pior ainda, se descuram o perigo que a exigência ética comporta, se não souberem distinguir os crente
Tiago Mayan, o candidato a PR da Iniciativa Liberal
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Carlos Esperança
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A IL deixou de buzinar contra a corrupção e Tiago Mayan de disputar a liderança da IL. O candidato da Iniciativa Liberal que disputou as eleições à presidência da República é exemplo acabado do que pode fazer a ideologia neoliberal se o Estado for reduzido ao mínimo. Se a Iniciativa Liberal tivesse chegado a Belém teria havido mais gémeas. Tiago Mayen encarnou o verdadeiro espírito neoliberal, defender a baixa de impostos e usar o dinheiro em caixa para entregar o rsto à Iniciativa privada. O homem que queria ser Presidente de Todos os Portugueses, como se lia num cartaz, é apenas uma pedra no sapato do partido de que foi o dirigente mais mediático. Foi feliz ao conquistar a presidência do primeiro cargo autárquico para a IL, na união de facto com Rui Moreira, e há de ser recordado como o seu primeiro presidente da Junta. Se a moda de buzinar contra a corrupção fizesse escola, Tiago Mayan seria ouvido no tribunal com rotura dos tímpanos. E, afinal, o homem, dinheiros à parte, não fa
Trump e a guerra dos EUA contra a China na Ucrânia
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Carlos Esperança
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A guerra contra a China prosseguirá com Trump porque é vital na geoestratégia para os EUA, mas deixará de a pagar na Ucrânia. É esta visão pragmática que separa o homem de negócios fascista, o condenado reeleito de forma fulgurante, do homem político que foi derrotado de forma humilhante. Na guerra contra a China, a outra potência com poder financeiro e demográfico à espera de ser líder, conta com a UE para desgastar a Rússia e pagar a reconstrução da Ucrânia e com Israel para impedir o Irão de se tornar potência nuclear. Taiwan e Japão são o 3.º pilar. São demasiado caros os três apesar do retorno na venda de armamento, a mais lucrativa indústria legal do Planeta e de que a Ucrânia é o maior cliente. Israel é o aliado que não será abandonado no combate contra o Irão onde já se descobriu um conspirador contra a vida de Trump. Não é por acaso que Netanyahu reagiu eufórico ao resultado das eleições nos EUA e Putin com prudência. A estratégia de Trump funcionou nos EUA e funciona na
Divagando 14. Assim vai o XXIV Governo! #montenegronaomarcelonunca
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Carlos Esperança
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Após 30 mil mortos em Gaza, Paulo Rangel afirmou que não era genocídio e, depois de 40 mil, continua convencido de que são apenas efeitos colaterais da punição ao Hamas. Nuno Melo, estratego das operações militares para recuperar a soberania sobre Olivença e do recrutamento de delinquentes para robustecer os efetivos, tem no PM o aliado para o desenvolvimento da indústria de munições. Aliás, Montenegro inspirou-se em Durão Barroso o governante que cheirou as armas químicas de Saddam numa viagem a Londres. A ministra da Saúde, depois de 10 mortos por falhas do INEM continua, segundo o PM, a fazer bem o trabalho que não se resolve com a sua substituição, mas com o foco nas pessoas. Já a sua secretária de Estado prefere acusar de anemia a imprensa que esquece os problemas da saúde herdados. Acabará a acusar de amnésia o sangue que permite a baixa anormal dos seus glóbulos vermelhos. A ministra da Administração Interna, depois de ter dito que Nuno Melo falava do que era competência d
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Onofre Varela
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A ingratidão é uma coisa filha-da-puta!… Por Onofre Varela Em termos anedóticos c ostumo dizer que de E conomia só sei que o meu vencimento termina e o mês continua. Cá em casa funciono como o Presidente da República… não faço nada . A minha mulher acumula as pastas das finanças, da economia e do economato, porque é especialista em fazer contas à vida… eu só vejo, escuto e digo que sim. Exactamente como o presidente da República… só não faço “selfies” nem distribuo beijos a granel !… Para lá da anedota, não posso deixar de ter sensibilidade de cidadão interessado em melhor futuro do que aquele que políticos e economistas vêm desenhando e me preocupa. No meu tempo de jovem, vive ndo sob a ditadura de Salazar, não havia ordenado mínimo e os sindicatos eram “Nacionais”… quer dizer que não eram livres nem democráticos. O Estado ditatorial estava neles e os trabalhadores não tinham voz . O termo “sindicato” não passava de fachada teatral. Sendo o ordenado mínimo um elemento soc