A implosão da URSS – 8 de dezembro de 1991

Há 33 anos, numa luxuosa ‘datcha’ para dirigentes, o russo Boris Yeltsin, o bielorrusso Stanislav Shushkevich e o ucraniano Leonid Kravchuk deram o golpe de misericórdia à URSS.

Esta data, que mudou o mundo, cedo foi esquecida pelos indefetíveis nostálgicos e por anticomunistas primários. E surpreende porque a luta de classes não para nem a vitória neoliberal trouxe justiça social; porque falhou o regime que caiu e piorou o que venceu; porque os muros que caíram foram substituídos por outros e a democracia, que venceu, está em vias de extinção.

Quando urge encontrar um novo paradigma que concilie liberdades individuais e justiça social, esquece-se a História e disfarça-se o incómodo da reflexão e da autocrítica.

As guerras, as desigualdades económicas e sociais, a fome e a falta de esperança, estão a gerar o medo, a revolta e o retrocesso civilizacional. É trágico repetir erros e insistir em modelos que julgávamos erradicados desde 1945.

As gerações atuais parecem esquecidas do passado e indiferentes ao futuro. E já estão no poder os que querem dizimar os jovens nas guerras que diariamente inventam. 


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