Em 4 de dezembro de 1980 faleceram, em Camarate, na queda de uma aeronave, o PM Sá Carneiro, Adelino Amaro da Costa, ministro da Defesa, e cinco acompanhantes.
Volvidos 44 anos, os media, quase toda de direita, não referem o facto, e nesse trágico acidente finaram-se duas figuras de primeiro plano, nas mais altas funções no Estado.
Talvez seja a decadência ética e cívica dos atuais partidos da direita, ora no poder, que os faça ignorar os fundadores, cujo prestígio se devia a terem afrontado a ditadura.
Talvez seja a vergonha de comparar Montenegro a Sá Carneiro e Nuno Melo a Amaro da Costa, já não digo a Freitas do Amaral, cuja foto fora retirada da sede, que iniba a AD de lhes evocar a memória.
É de crer que é o pudor que leva o PSD à amnésia do seu passado. Já o CDS, tão dado a missas, nem uma missa de ação de graças ou uma simples novena ter mandado rezar, é a prova de que Nuno Melo anda de cabeça perdida por ter eleito sido deputado e chegar a ministro.
Bem se pode dizer que o PSD e o CDS têm melhores defuntos do que os mortos-vivos que os lideram.
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