O feriado do 1.º de Dezembro - 2024
Os dias 1 de Dezembro, 5 de Outubro e 25 de Abril são as datas identitárias gravadas a letras de oiro no devocionário da Pátria. Só a agnosia cívica e a indigência cultural podiam excluir do calendário dois feriados simbólicos do nosso património histórico!
Cavaco Silva e Passos Coelho, por ignorância,
insensibilidade, ou ambas, suprimiram-nos porque ignoravam que fossem datas
sagradas do País que somos.
Hoje, no ocaso da decência, vimos um friso de pessoas cuja
coluna vertebral, se a têm, há muito a abandonaram. Foi a desfaçatez que juntou
no circo mediático da hipocrisia o regente do reino, investido na dignidade maior
da República, com acólitos execráveis. À sua direita sentou-se um ex-terrorista
do MDLP.
Estes não são herdeiros dos republicanos que criaram o
feriado do 1.º de Dezembro, são os cúmplices dos que o extinguiram. Esta não
foi uma cerimónia patriótica, foi a traição para a reescrita da História tornada
possível com o golpe contra a anterior legislatura.
Hoje foi vilipendiada a memória do 1.º de Dezembro de 1640
como já ali acontecera à do 5 de Outubro. Miguel de Vasconcelos celebrou a data
em que foi defenestrado.
A edilidade tem hoje um D. Miguel dos pequeninos a celebrar o
5 de Outubro e o 1.º de Dezembro, herdeiro dos derrotados em ambas as datas,
agora armado em vencedor.
Os reacionários que hoje se exibiram na Câmara de Lisboa eram os lusitos da Mocidade Portuguesa à civil instalados no Posto de Comando da contrarrevolução no seu quartel da Pontinha, cinquenta anos depois, a cantarem o Lá vamos cantando e rindo sem o S na fivela do cinto.
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