A minha mãe ficou de rastos com os resultados das eleições que Montenegro provocou para não dar explicações sobre a empresa onde perdeu a dignidade e continua a receber avenças, agora por intermédio dos filhos. Diz que, assim, o País avença e não avança. Na noite da vitória teve o topete de desafiar o País, certo da impunidade, ao apresentar-se na sede da campanha com a administração da Spinumviva, ele, a mulher e os filhos. Diz a minha mãe que o desastre autárquico da esquerda é agora certo. A direita tem mais de 2/3 dos deputados, o PSD controla todo o aparelho de Estado e o Chega é o segundo partido. A Constituição, o SNS, a liberdade de imprensa e os direitos sindicais estão em perigo iminente. O pai vai ficar feliz, disse eu, e ela, com aquele sorriso triste, resolveu fazer a catarse da revolta entre o humor e a crítica. Olha, Diana, até o CDS, ressuscitado por Montenegro, se eclipsou! Nem os seus deputados são referidos, como se fossem, e de certo modo são, do Chega. O PS t...