Montenegro, o País e o apagão
Hoje, com o País desvanecido com a capacidade de gestão do PM, a celebrar no mesmo dia o 25 de Abril e o 1.º de Maio, ambos sob o pseudónimo “São Bento em Família”, os jornalistas continuaram a esgravatar os negócios de Montenegro.
Felizmente que estamos num país onde a ética é um detalhe
que só interessa jornalistas e políticos e as datas do 25 de Abril e 1.º de
Maio pretextos para incomodar o Governo.
Aliás, quando alguém acima de qualquer suspeita tem problemas
éticos, o que é preciso é levar o País a eleições. Foi o que fez o PR, foi assediado
com as gémeas, impedindo a maioria parlamentar absoluta de indigitar novo PM. Já
tinha ajudado um a demitir-se e não aceitou que outro o substituísse.
Também Montenegro, sob pressão dos média, incapaz de
explicar os negócios que levou para S. Bento, não podendo explicar a forma como
cuidou do futuro dos filhos, através da SPINUMVIVA, provocou a queda do seu
governo para obrigar a novas eleições.
Foi assim que depois de distribuído o ouro herdado, em permanente
campanha eleitoral, Montenegro chegou ao mais importante debate para as eleições
que provocou.
No dia reagendado, depois de adiado pelo apagão elétrico, os
ministros do governo de gestão, distribuíram-se por todos os canais televisivos
a repetir méritos de Montenegro, com o texto tantas vezes recitado.
Foi, aliás, o texto que o próprio Montenegro debitou na
RTP-1 a preceder o debate e que repetiu durante o mesmo. Apesar de ter perdido
por momentos o sorriso, foi convincente a dizer ao adversário “é preciso sermos
sérios”, quando confrontado com a verdade que negou e o polígrafo, cumpliciado
com o adversário, confirmou depois.
Durante o apagão cujo aviso por SMS, feito às 17H30, ainda
não chegou à maioria dos portugueses, o governo esteve focado em resolver
os problemas dos portugueses e das portuguesas, disse Montenegro, facto já revelado
pelo ministro Castro Almeida, dizendo que a Maternidade Alfredo da Costa tinha
combustível para 1 hora, o que era mentira, mas valorizou as ordens do PM, que ordenou
“(…) para os motoristas dos ministros levarem o gasóleo que têm nos seus
automóveis para a M.A.C”.
Não se percebeu se era o gasóleo dos automóveis dos
ministros ou dos automóveis dos motoristas, mas a capacidade de decisão do
governo esteve à altura das circunstâncias e a competência do PM sublinhada!
Se o País não morrer de vergonha, há de morrer a rir.

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