Carta de um filho, algures no Brasil, para o pai, datada de 9 de maio de 2025.

Senhor meu pai, meu dileto:

Agradeço a bênção que enviaste na carta que trouxe o nosso mensageiro de confiança. Nem calculas o alívio que senti com o teu perdão! 

No dia de hoje, a 10 meses de transferires o alvará das promulgações e veneras, estás de parabéns. Conseguiste quase tudo o que querias:

Derrubaste o Costa e alcançaste todos os desejos, nem sempre com quem querias, mas do lado que sonhaste. Reduziste o 25 de Abril ao que merece, com a consagração do 25 de novembro. Elogiaste Eanes como teu herói, tu que votaste contra ele porque adoravas o Soares Carneiro, um militar de quem tu e os meus avós gostavam! Foi de mestre!

O parágrafo foi brilhante! O Costa foi à vida; o esquerdista do Santos Silva regressou à Universidade, onde é inócuo; arruinaste a esquerda! Não é tão cedo que regressa. Foste pioneiro a afastá-la na Península Ibérica onde, em Espanha, ainda governa um amigo da fé inimigo da Palestina.

O meu avô foi vingado. A eutanásia foi esquecida e já não te azucrinam com as gémeas. És artífice dos novos tempos. Tornaste Portugal pioneiro a derrubar os esquerdistas de aquém Pirenéus. És um vencedor. Até vais fazer Doutor, em Coimbra. o rei de Espanha! É simbólica a Universidade que conserva Doutor Francisco Franco. Que simbolismo!


Seremos felizes, pai! Não voltarás ao Beco do Chão Salgado e terás ginjinha e moscatel; comerás gelados e pastéis de nata longe de Belém. Habituar-te-ás a viver sem televisões e, se lograres que o Marques Mendes te suceda, há de fazer-te presidente honorário.

Como presidente vitalício da Casa de Bragança ainda te fazem visconde, e, no Brasil, não te faltarão selfies. Há balzaquianas que apreciam um septuagenário bem parecido, como és, e julgam que és marquês.

Faltam dez meses, mas vão parecer-me uma eternidade. Estou ansioso pelo reencontro e continuo sem usar pulseiras budistas, para te agradar.

Com um pouco de sorte ainda vais presidir às cerimónias fúnebres de Cavaco e Eanes e, além da subires na popularidade, ficarás o melhor presidente vivo.

A tua genialidade será celebrada por vindouros. Fizeste ao 25 de abril o que Salazar fez ao 5 de outubro. És o Salazar desta república que será tão esquecida como a primeira. Só um monárquico inteligente faria tanto! Até Cavaco, que desprezas, é criação tua. Não tinhas ninguém polido e culto e foi a ele que fizeste PM primeiro e depois PR em casa do nosso amigo e benfeitor Ricardo, agora em desgraça.

Soube há pouco da eleição do novo Papa. Espero que seja melhor do que o anterior para não dizermos bem dele, por dever de católicos, como sucedeu com o anterior, russófilo e amigo dos terroristas do Hamas. Que Deus Nosso Senhor não o permita. Espero que o Espírito Santo, o do Céu, não o Ricardo, tenha iluminado os cardeais. 

Não me alongo. Vou estregar esta carta ao mensageiro que te a levará sem risco de cair em mãos dos nossos inimigos.

Peço-te a bênção e beijo-te, senhor meu pai.

Nuno

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