Eleições legislativas 2025
Eleições legislativas 2025 #montenegronaomarcelonunca
Pasmo com os argumentos dos vários partidos que disputam as
eleições e com os golpes que subvertem a verdade e a decência perante a memória
curta dos eleitores. E fico ainda mais surpreendido com a dificuldade em desmascarar
as mentiras da AD.
Parece esquecida a dissolução do Parlamento numa sucessão de
golpes de Marcelo para alterar a correlação de forças e levar a direita ao
poder, indiferente à inevitável explosão da extrema-direita ou, talvez,
desejoso disso.
Bastou um ano para se esquecer a responsabilidade do golpe
de 7 de novembro de 2023 e um mês foi suficiente para esquecer que foi
Montenegro a provocar as eleições que terão lugar no próximo domingo.
É evidente que, depois de ter usado a folga orçamental e esgotado
as benesses possíveis, o resultado eleitoral seria favorável ao PM que corrigiu
algumas injustiças e esteve um ano em campanha graças à herança que recebeu. O resto
é uma sucessão de mentiras e de ilusões semeadas por hábeis ilusionistas e
mitómanos sem vergonha.
O País ignora a baixeza ética de Montenegro, a sua recusa de
justificar as avenças e o impudor de endossar aos filhos as pingues rendas que
continuam a chegar-lhe assim.
Quanto às mentiras, tantas e tão grandes, é difícil desmascará-las
no clima de anestesia generalizada da campanha eleitoral. Nem o facto de
reincidir que a Saúde está melhor é apontado como traço da personalidade de um
mitómano sem pudor.
É surpreendente que os jovens possam ter ficado agradados
por verem os filhos de pais ricos a comprar casas em seu nome e a beneficiarem
dos apoios de que apenas a escassa minoria beneficia ou a redução de IRS que que
têm elevados rendimentos.
O PM que fez a anterior campanha a dizer que não se
resignava com o crescimento do PIB nacional, então superior à média europeia, queria
4%, continua sem ser confrontado com o atual crescimento anémico antes de esgotado
o PRR e dos perigos que espreitam.
Pelos vistos, basta um mergulho no mar, mandar a sócia da SPINUMVIVA
a Fátima e ir dar-lhe um beijo entre peregrinos que servem de coreografia às
televisões que convoca.
O resto será ocultado por um PGR amigo que já lhe prestou o
serviço de uma insólita e oportuna investigação preventiva ao principal
adversário e pela cumplicidade de um PR a quem deve o cargo enquanto já ameaça
a liberdade de imprensa e os direitos sindicais.
É a vida, como dizia um saudoso engenheiro, ora tolhido com
uma guerra que ambos os contendores desejam continuar e outra onde o genocídio de
um povo prossegue perante a moral dúplice dos principais governantes europeus.
Só me ocorre o desabafo do general Cambronne no rescaldo da Batalha de Waterloo!

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