Divagando 29
Enquanto o país arde e os incêndios destroem a paisagem,
consomem recursos e põem em risco as populações rurais que restam, os
portugueses dividem-se entre a resignação e a revolta, numerosos os primeiros e
impotentes os últimos.
Trump, o líder do mundo livre, para os que veem nos EUA uma
democracia, continua a brincar às tarifas e a ameaçar as democracias. E a
covardia toma conta dos que deviam enfrentá-lo e solidarizar-se com as vítimas!
Incapaz de compreender o que é um Estado de Direito e a
separação de poderes, Trump pune o Brasil por não desistir de julgar Bolsonaro,
o fascista que fracassou no golpe de Estado ora em julgamento, perante o
silêncio das democracias. E ameaça o Canadá pela manifestação de intenções de
reconhecer a Palestina, um tardio ato mínimo de decência!
Entretanto, na UE, a senhora Von der Leyen, com parabéns de António
Costa, regozija-se por ter conseguido que o grotesco PR dos EUA aceitasse que
lhe pagasse a dívida do país, a troco da capitulação. Os produtos da UE serão
taxados a 15% nos EUA e os seus a 0% na UE. Conseguiu a compra de armas e de gás
de xisto, em troca!
Em Portugal, depois de convencido o país de que Pedro Nuno
dos Santos era extremista de esquerda, o PS, agora açaimado, tenta que o Luís, já
com a maioria absoluta, com IL e Chega, não leve a cabo a subversão do regime a
que se propôs. Com a renúncia à CPI na AR, o PS deixa ao Chega a iniciativa de aclarar
os nebulosos negócios de Espinho, quando Ventura o considerar oportuno.
Por fim, como nota de humor, resta-nos a MAI, a continuar o
exemplo da antecessora, atribuindo a dificuldade do combate aos incêndios à
«orografia acidental». E a orografia portuguesa é assim há milénios: acidentada😉.
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