Pedido de desculpas

 

«Caros Leitores: Muito importante – Pedido de desculpas

Publiquei hoje este post: Da série: Dúvida metódica.

Se isto fosse verdade, Portugal não era um País porque o Governo se teria transformado num bando de oportunistas.»

Publiquei o post


e fui substituir o Computador. Não foi uma notícia falsa, mas foi o que faria o Chega que procura incitar o ódio e a desinformação através da insinuação malévola e da inveja.

Sirvo-me da informação do leitor Miguel Andrade, a quem agradeço, para explicar a situação. O subsídio é a ridícula importância para membros do Governo que não vivem em Lisboa.

Se algum comentário merece é o facto de ser exígua durante o exercício de funções que terminam quando o PM quiser ou com a queda do Governo.

Para minha vergonha nem a concordância está correta no único parágrafo que escrevi, Reitero as desculpas aos leitores e os agradecimentos ao leitor Miguel Andrade.

Miguel Andrade

Essa informação é verdadeira, embora com uma pequena correção importante: trata-se de seis secretários de Estado e chefes de gabinete, e não ministros, que receberam apoio para pagar a renda. O apoio a que tiveram direito não foi o "Apoio Extraordinário à Renda" (até 200 € mensais, automático para inquilinos em dificuldade), mas sim um subsídio de alojamento concedido pelo Estado, que pode chegar aos 750 € por mês.

Estes seis membros do Governo com residência permanente a mais de 150 km de Lisboa tiveram os seus pedidos de apoio aprovados. Foram beneficiários:

Ana Margarida Pinheiro Povo (Secretária de Estado da Saúde),

Francisco Rocha Gonçalves (Secretário de Estado da Gestão da Saúde),

Ana Luísa Machado (Secretária de Estado da Justiça),

Emídio Sousa (Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas),

Bruno Coimbra (Chefe de gabinete da ministra do Ambiente),

Tiago Palha (Chefe de gabinete do Secretário de Estado do Ambiente).

Além disso, no ano anterior (2024), dois ministros — o da Agricultura (José Manuel Fernandes) e o da Educação (Fernando Alexandre) — também receberam esse subsídio de alojamento, sendo expectável que o apoio volte a ser-lhes atribuído devido à retroatividade da medida à data da tomada de posse.

Portanto, a parte essencial da notícia está correta: não são ministros, mas secretários de Estado e chefes de gabinete os atuais beneficiários desta ajuda, pertencendo ao Executivo. E esta ajuda corresponde ao subsídio de alojamento, não ao apoio extraordinário à renda direcionado à generalidade dos inquilinos com dificuldades.

Comentários

Caro Carlos Esperança
Compreendo o seu sentimento.
Mas acho que atribuir um apoio à renda a quem é convidado para o governo (seja ministro ou secretário de estado) e para chefe de gabinete de um membro do governo é incompreensível.
As pessoas em causa aceitam os cargos de livre vontade. Antecipadamente já sabem o rendimento que vão auferir (tendo praticamente tudo pago, inclusive automóvel e motorista à disposição), pelo que não se compreende esse direito. Têm sempre o direito de não aceitar.
Eu integrei um gabinete ministerial, estive deslocado 350 Km., sabia o vencimento, e mesmo assim aceitei o convite. Para mim, não havia subsídio de renda!
É este tipo de despesa, mais o incompreensível apoio à renda atribuído aos juízes, incluindo se forem casados, viverem na mesma casa. E penso que mesmo que vivam em casa própria...
Em contrapartida, para professores e médicos deslocados, aí já não há dinheiro, pois o que agora oferecem nem para pagar uma semana de renda chega...
Fez bem em tecer tal comentário, pois tem razão que isto é um país com o azimute a apontar apenas para um lado.
Carlos Antunes disse…
Laurentino Regado
Tem inteira razão.
O maior escândalo é dos magistrados (Juízes e magistrados do M.Público) que recebem o chamado “subsídio de compensação” (???), creio que actualmente de 900 € mensais, não sujeitos a tributação de IRS, mesmo que vivam em casa própria, em duplicado se ambos forem magistrados casados vivendo na mesma habitação, subsídios que mantêm mesmo após a jubilação.
A que professores e médicos ainda que deslocados não têm direito.
É a demonstração do medo dos políticos da Justiça de “cócoras” diante dos juízes e dos magistrados do M.Público!

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